A diretora do Sisejufe Vera Pinheiro foi homenageada, na última sexta-feira (10), durante a cerimônia de encerramento do 25º Congresso Internacional de Oficiais de Justiça, ocorrido no Fairmont Copacabana, no Rio de Janeiro.
Realizado pela União Internacional dos Oficiais de Justiça (UIHJ) e a Associação Nacional dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (Fenassojaf), o evento aconteceu de quarta (08) a sexta-feira (10) e reuniu mais de 600 participantes de 53 países que representaram os Oficiais de Justiça e Agentes de Execução do mundo.
Com o tema central “Oficial de Justiça: o Agente de Confiança”, o maior encontro de Oficiais de Justiça debateu a valorização da carreira e a manutenção das atribuições desses servidores, com o foco no uso dos meios tecnológicos para a execução dos mandados. (Leia AQUI como foi a abertura do congresso)
A ameaça da desjudicialização da execução também foi pauta de debate no Fairmont Copacabana, quando o diretor da Fenassojaf Malone Cunha chamou a atenção dos participantes para a luta encampada pela categoria contra o repasse das funções aos cartorários e tabeliães de protesto.
Durante o discurso de encerramento, na sexta-feira, o presidente da UIHJ, Marc Smichtz, destacou o empenho de Vera Pinheiro para a inicialização das relações internacionais dos oficiais brasileiros.
De acordo com Schmitz, Vera “é a responsável por estarmos aqui hoje”, disse em alusão a todo o trabalho dedicado pela dirigente para que o Brasil fosse incluído no rol de debates da União Internacional.
Vera Pinheiro foi homenageada com a medalha de ouro da UIHJ, diante da atuação e interlocução entre a entidade e os oficiais de justiça do Brasil.
Além de Vera, a representante de base e presidenta da Fenassojaf Mariana Liria também recebeu a homenagem da União Internacional, sendo agraciada com o troféu de prata, em reconhecimento à atuação no trabalho de organização e realização do 25º Congresso no Rio de Janeiro.
O uso das tecnologias na execução
Ainda durante o encerramento do Congresso, Marc Schmitz relembrou os debates e painéis ocorridos na grade científica do evento e chamou a atenção para as inovações e transformações que os recursos tecnológicos trouxeram para a execução de mandados. De acordo com ele, “as tecnologias podem se tornar essenciais, mas nunca nos substituir”.
O presidente da UIHJ chamou a atenção dos presentes para o papel social e a valorização da característica do servidor como ser-humano para garantir a profissão no futuro. Para Schmitz, o Oficial de Justiça e Agente de Execução devem focar na defesa ao Estado de Direito, na proteção de direitos e em saber lidar com as situações que envolvem o dia a dia da profissão com empatia e profissionalismo. “São elementos essenciais para o bom funcionamento da justiça”, apontou.
Marc Schmitz encorajou cada oficial presente a contribuir com a mudança da imagem negativa da profissão, enfatizando a importância no Judiciário. “A UIHJ é uma família, onde com a nossa união demonstraremos a nossa força. A preservação do cargo requer unidade”, ponderou.
O presidente disse ser inegável que as tecnologias vieram para mudar a profissão do oficial de justiça. No entanto, o trabalho de todas as representações mundiais preserva a posição desses servidores no Judiciário.
“À medida que vamos para frente, a nossa união irá demonstrar a força da UIHJ. Ainda que tendo nomenclaturas diferentes, nós temos a mesma profissão. Os oficiais de justiça constituem um dos três pilares essenciais da Justiça”, disse.
O Sisejufe foi parceiro da Fenassojaf na realização do 25° Congresso Internacional e esteve presente nos debates ocorridos entre 8 e 10 de maio através da diretora Vera Pinheiro, da coordenadora do Núcleo de Oficiais de Justiça (NOJAF) Eliene Valadão; dos representantes de base Mariana Liria e Maycon Muniz; e da sindicalizada Aline Gervasio. Lucena Pacheco Martins, coordenadora-geral da Fenajufe e diretora do Sisejufe, representou as duas entidades na abertura do evento.
Por Caroline P. Colombo, especial para o Sisejufe