Servidores do Judiciário se juntaram aos professores, garis, bancários, estudantes e movimentos sociais na manifestação, ocorrida na noite de sexta-feira (22)
Milhares de trabalhadores tomaram a Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio, na sexta-feira (22/3), para protestar contra a Reforma da Previdência do governo Bolsonaro. O ato unificado, convocado por entidades sindicais e movimentos sociais, contou com a participação de servidores do Judiciário Federal do Rio e a diretoria do Sisejufe. O Núcleo Sindical da Marcha Mundial das Mulheres comandou uma batucada, com latões e baquetas, fechando a passeata. “Foi um evento grande, que mobilizou trabalhadores em mais de cem cidades do país. Estamos em luta para barrar essa reforma nefasta e a única forma é através da união dos trabalhadores e trabalhadoras na rua, para mostrar o descontentamento com esse governo”, afirmou a diretora do sindicato Soraia Marca.
COMO FOI O ATO
Diversas categorias de trabalhadores, movimentos sociais organizados, sindicatos, estudantes e a população atenderam ao chamado para o ato organizado pelas centrais sindicais , que começou com concentração na Candelária e terminou na Central do Brasil. Com faixas e cartazes, os manifestantes gritavam e cantavam palavras de ordem contra a Reforma da Previdência e demais ataques do governo Bolsonaro.
“É muito importante a gente estar organizado contra as reformas do governo Bolsonaro. O presidente fez um ataque frontal aos sindicatos com a MP 873, de caso pensado, para enfraquecer as entidades que organizam a resistência da classe trabalhadora e depois tentar passar as reformas sem grande resistência, mas estamos aqui para mostrar que vamos resistir até o final para impedir que esse governo acabe com os direitos dos trabalhadores”, enfatizou a diretora do Sisejufe Fernanda Lauria.
MOBILIZAÇÃO NOS ESTADOS
Também aconteceram atos contra a Reforma da Previdência em outras capitais e cidades do Brasil. As mobilizações mais fortes ocorreram em São Bernardo do Campo, Vale do Paraíba e São José dos Campos (SP). Também houve manifestações em Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Ceará, entre outros estados.
“Nossa luta está apenas começando. Precisamos estar unidos contra essa reforma perversa, que faz parte de um conjunto de medidas que tem o objetivo central de desestabilizar e precarizar as relações de trabalho, o serviço público e as condições de vida da população. Ataques contra os trabalhadores, os sindicatos e organizações sociais estão sendo desferidos cotidianamente. Assim como o 8 de março, esse foi um grande ato de resistência. Precisamos lutar em todas as frentes, nas ruas e no Congresso, para impedir essa reforma que atinge a todos, principalmente os trabalhadores mais pobres”, disse o presidente do Sisejufe, Valter Nogueira Alves.