Nesta terça-feira (25/3), a colunista do Globo Bela Megale traz a informação que o juiz que assumirá o posto do desembargador Guilherme Diefenthaeler no Tribunal Regional Federal da 2a Região (TRF-2) desligou um servidor do gabinete do magistrado. Nesta segunda-feira, o juiz colocou esse servidor à disposição da Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP), que pode realocá-lo para outro posto.
O funcionário entrou em contato com o gabinete de outro desembargador, questionando se servidores deste magistrado foram depoentes no processo sigiloso que investigava seu chefe. Na semana passada, o Conselho da Justiça Federal (CJF) afastou Diefenthaeler do TRF-2 em meio à investigação que o acusa de assédio sexual e moral.
A coluna lembra que a Sisejufe solicitou, nesta segunda-feira, ao Conselho da Justiça Federal (CJF) o afastamento do servidor por “clara tentativa de identificação e intimidação dos denunciantes, testemunhas e vítimas dos fatos sob apuração”.
Para o sindicato, a tentativa de identificar as testemunhas e vítimas que denunciaram Guilherme Diefenthaeler “causou grande preocupação aos servidores ouvidos”, pois eles temem “sofrer retaliações, o que por certo também pode comprometer a eficiência da apuração”.
A jornalista acrescenta que o Sisejufe acompanha o caso desde 2016, quando uma servidora que trabalhava com Diefenthaeler procurou a direção do sindicato para relatar os casos de assédio. Posteriormente, outros servidores apresentaram mais denúncias contra o desembargador.
Os argumentos do CJF para afastar Guilherme Diefenthaeler do posto foram a gravidade das acusações, a garantia da lisura do processo e a necessidade de evitar a intimidação das testemunhas, situação que costuma ocorrer nesses casos. O Sisejufe-RJ apontou que, mesmo com o afastamento, as pressões sobre os denunciantes estão em andamento.
Fonte: O Globo