Servidores das justiças do Trabalho e Eleitoral foram barrados nesta segunda-feira (3/8) pela manhã na abertura da correição ordinária do Tribunal Superior do Trabalho (TST) na sede do TRT-RJ. O grupo chegou a ocupar a plateia do auditório segurando cartazes pelo derrubada do veto ao PLC 28/15, mas foi convidado a se retirar.
A alternativa foi continuar o protesto do lado de fora. Cada autoridade que entrava no evento se deparava com os servidores exibindo as mensagens de luta. Os desembargadores Marcelo Antero de Carvalho e Marcia Leite Nery declararam apoio ao projeto de recomposição salarial da categoria. Mas a maioria ignorou a manifestação.
O presidente do Sisejufe Valter Nogueira solicitou audiência com o corregedor-geral do TST, ministro João Batista Brito Pereira e reforçou o pedido de reunião com a presidente do TRT-RJ, desembargadora Maria das Graças Viegas Paranhos para tratar do Ato 74, publicado no dia 28 de julho, que limita o direito de greve.
O corregedor-geral recebeu uma comissão de 10 servidores. Durante cerca de meia hora, eles explicaram as razões da greve e ressaltaram que a categoria está respeitando os atendimentos considerados essenciais e de urgência. O presidente do sindicato reforçou que, depois da greve, há o compromisso de se colocar em dia os serviços que ficarem acumulados e pediu a intermediação do corregedor junto à presidente do TRT-RJ para que seja revisto o Ato 74. Valter Nogueira pediu ainda ao corregedor que fale com os ministros do TST para que atuem em defesa do PLC 28.
O ministro João Batista Brito Pereira revelou que já foi servidor da Justiça do Trabalho, tendo iniciado sua carreira como datilógrafo e que não poderia se negar a dar uma palavra em favor da categoria. O corregedor se comprometeu a levar aos ministros do TST o pedido dos servidores e a conversar com a presidente do TRT sobre o Ato 74.