O Dia Nacional de Greve do Serviço Público no dia 18 de março ganha, a cada dia, mais adesões de várias categorias do funcionalismo, além do apoio dos parlamentares e movimentos sociais. O dia será de mobilização em defesa dos servidores e contra o desmonte do Estado brasileiro promovido pela política neoliberal de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes.
Atendendo ao chamado da Fenajufe, vários sindicatos de base já aprovaram paralisação em Assembleia Geral Extraordinária (AGE): Sisejufe, Sintrajud-SP, Sindjufe-Ba, Sindjus-AL, Sindjuf-SE, Sitraemg-MG, Sinjufego-GO, Sintrajusc-SC e Sintrajufe-RS; outros realizarão assembleias nos próximos dias.
O dia 18 de março será oportunidade, também, de promover diálogo com a sociedade que será diretamente atingida. A PEC 186/219 (Emergencial) que compõe o Plano Mais Brasil – Pecs 186, 187 e 188/19 – prevê redução de até 25% na jornada e salário dos servidores; a reforma administrativa, que deve ser encaminhada ao Congresso nesta semana, propõe o fim da estabilidade, promoções e progressões automáticas, aumento do estágio probatório, diminuição dos concursos, terceirização e outras perversidades.
Bolsonaro e Guedes subiram o tom nos últimos dias reforçando o total desprezo do governo pelo serviço público. O ministro Guedes – banqueiro investigado por fraudes em fundos de pensão de estatais – passou todos os limites ao comparar servidores a parasitas. O objetivo do governo é promover o enxugamento do estado para implementar a agenda de privatizações tão desejada desde a campanha eleitoral.
Outras categorias
Várias categorias confirmaram adesão à greve do 18 de março, entre elas professores e servidores da Educação, trabalhadores da Saúde federal, funcionários dos Correios, além das entidades que compõem o Fórum Nacional dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate).
Greve dos petroleiros
Aproximadamente 21 mil trabalhadores da Petrobras estão em greve em todo o país desde o dia 1º de fevereiro contra as demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen-PR) e o descumprimento de cláusulas do acordo coletivo de trabalho (ACT). De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), nesta segunda-feira (17), a paralisação já atinge 121 unidades, entre plataformas (58), campos terrestres (8) e refinarias (14).
Nova greve dos caminhoneiros
Segundo o presidente Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Walace Landim, uma nova greve dos caminhoneiros está marcada para a próxima quarta-feira (19/2).
Na manhã desta segunda (17/2), a Associação Nacional dos Transportadores Autônomos do Brasil (ANTB) declarou total apoio à greve dos petroleiros. Em seguida, caminhoneiros autônomos da Baixada Santista, em São Paulo, anunciaram paralisação no Porto de Santos.
Fonte: Raphael de Araújo, da Fenajufe – Arte: Annelise Oliveira