O Coletivo de Técnicos do Judiciário Federal do Rio de Janeiro (Cotec-RJ) esteve reunido nesta quinta-feira (19/2) para traçar as estratégias para o próximo período, antes do 9º Congrejufe, que será realizado em abril, em Florianópolis (SC). A coordenação destacou as vantagens do cargo de Técnico do Judiciário ser uma carreira de Nível Superior (NS) e esclareceu as dúvidas dos servidores. O diretor Ronaldo das Virgens garantiu que serão tomadas medidas protetivas para que os cargos técnicos especializados não sejam extintos. A coordenação do Cotec-Rj está aguardando o parecer jurídico sobre o tema.
Já o diretor Mauro dos Santos, afirmou que a exigência do nível superior para novos concursos não tem impacto financeiro, o que poderia frear o avanço da reivindicação junto aos poderes. “Muitos servidores ficam com a aposentadoria suspensa porque também são professores e acabam tendo que optar por uma das remunerações”, acrescentou ainda.
Para o diretor Amauri de Souza, e medida vai beneficiar os servidores do Judiciário Federal como um todo. “Atualmente, nossa remuneração como técnicos do Judiciário é muito mais alta que a do Executivo. Essa diferença é utilizada pelo governo federal contra as reposições salariais da categoria. Se formos de nível superior, não haverá mais esse argumento.”
A servidora Raquel Albano, que está há 18 anos no Judiciário, lembra que houve uma evolução nas atribuições do cargo, o que justificaria a troca de nível. “Os técnicos estão muito bem preparados.”
No entanto, a medida não é uma unanimidade entre os servidores. O representante de base Abilio das Neves Neto questionou se a mudança não esbarraria no reconhecimento da isonomia salarial. Ele defendeu a carreira única, que já tramita na Câmara Federal.
“O Sindicato é de toda a categoria”, afirmou a diretora Soraia Marca. A direção do Sisejufe não vai defender nenhuma medida que prejudique parte dos servidores.
Cotec-RJ defende que NS seja prioridade nacional
Amauri destacou que o NS deve ser um dos eixos prioritários na atuação da Fenajufe. “A mudança já foi aprovada na Plenária Nacional de 2015. “A gente tomou a direção do movimento. Não podemos ficar à mercê da Federação”, ressaltou Ronaldo, em seguida. Ele lembrou que o ofício sobre a mudança de nível foi mandada ao Supremo Tribunal Federal sem a exposição de motivos.
O servidor aposentado e diretor do Sisejufe, Denison Ramos, salientou que os técnicos tem força, pois são maioria entre os servidores do Judiciário no país. O servidor Helênio Barros também se manifestou a favor da valorização dos técnicos.
Amauri lembrou da importância da sindicalização para participar das instâncias de decisão. Mauro resgatou que todas as conquistas foram resultado de muita luta e articulação. “Tudo é na base do voto. Quem é maioria, ganha.”
O Sisejufe fará uma camiseta em defesa da adoção do NS, que será vendida. Durante a reunião, foi escolhida a estampa que será utilizada pelos servidores do Rio de Janeiro, preservando a cor azul que caracteriza o movimento nacionalmente.