A carta aberta enviada pela Fenajufe ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso, segue despertando o interesse da grande imprensa do país. Nesta quinta-feira (30/2), o texto no qual a Federação critica o “tratamento desigual e o desrespeito às demandas legítimas” dos trabalhadores “que garantem o funcionamento” da Justiça no Brasil. A notícia foi publicada na Folha do Acre, na Revista Oeste e no site Poder 360.
A diretoria do sindicato vê como positiva essa repercussão, uma vez que joga os holofotes da mídia para a escandalosa distorção na divisão do orçamento do Poder Judiciário da União. Enquanto a magistratura acumula benefícios e verbas vultosas em sessões administrativas, as servidoras e os servidores enfrentam desafios crescentes, como sobrecarga de trabalho e a defasagem de direitos e benefícios.
O Sisejufe foi a primeira entidade a denunciar publicamente essa situação, em fevereiro de 2024, quando a diretoria publicou uma carta aberta para esclarecer a disputa orçamentária que prejudica a categoria e privilegia magistrados. Pouco depois, a ofensiva ganhou o apoio da Federação e de outros sindicatos. (leia a carta neste link).
Ao longo do ano passado, noticiamos as inúmeras decisões das cortes superiores que favoreceram os magistrados com vultosos penduricalhos, em detrimento dos direitos da categoria. Em dezembro, publicamos reportagem para mostrar que dados disponibilizados pelo projeto da Transparência Brasil revelaram que o custo do Judiciário somente com licença compensatória aos magistrados foi de R$ 819 milhões em 10 meses. (leia aqui). E os escândalos continuaram em janeiro de 2025.
O Sisejufe seguirá denunciando essas distorções até que haja a inclusão justa das servidoras e servidores no orçamento do PJU.