O Dia Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência, que mobilizou o país no dia 15 de março, também foi marcado pelo ato em frente ao Tribunal Regional do Trabalho da Lavradio. A paralisação também enfocou a proposta de Reforma Trabalhista, outra ameaça aos direitos em curso.
O diretor do Sisejufe Amauri Pinheiro afirmou que só a união das classes trabalhadoras e dos servidores públicos, juntamente com a sociedade civil, tem o poder de impedir que o projeto da Reforma seja aprovado. “Somos contra a aprovação dessa Reforma. Ela em nada beneficia o trabalhador: ao contrário, retira seus direitos, ludibriando com uma propaganda enganosa na televisão e nos jornais.”
Para o diretor do Sisejufe Ricardo Quiroga, a Reforma da Previdência destrói os direitos conquistados na Constituição de 1988. “É um governo ilegítimo que, sem base popular, quer destruir o serviço público.” O diretor destacou a necessidade de unificar os servidores do Judiciário Federal. “Só a mobilização pode derrubar a Reforma. As emendas visam apenas disfarçar um projeto muito ruim para todos os trabalhadores e trabalhadoras.”
Quiroga criticou ainda os ataques à Justiça do Trabalho. “Se a Reforma Trabalhista for aprovada, vamos retroceder aos tempos da República Velha.”
O ato reuniu diversas entidades. Além dos diretores do Sisejufe, estiveram presentes os representantes do Sindicato dos Advogados, José Antonio Fachada; da OAB/RJ, Kique Carvalho; da Comissão de Direito Sindical da OAB/RJ, Aderson Bussinger; da Comissão da Justiça do Trabalho da OAB, Clarissa Cunha; da Associação dos Juízes Federais/RJ, Fabricio Fernandes; da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho, Ronaldo Callado, da CUT Rio, Marcelo Rodrigues; e também da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas e do Movimento dos Advogados pelas Liberdades Democráticas.
Em seguida ao ato, que reuniu cerca de 70 pessoas, o grupo seguiu com equipamento de som pelas avenidas Chile e Rio Branco, onde conversou com a população e distribuiu material informativo, para se integrar a grande massa que já estava concentrada na Avenida Presidente Vargas, próximo à Candelária.