No sábado (19/6), dia em que o Brasil atingiu a triste marca de 500 mil mortos pela Covid-19, milhares de pessoas, movimentos sociais e representantes sindicais foram às ruas de todos o país protestar. Foram atos pacíficos, com manifestantes usando máscaras e, em geral, mantendo o distanciamento social. Os participantes pediam mais vacina, a saída de Bolsonaro, valorização do serviço público, auxílio emergencial de R$ 600, erradicação da fome e da pobreza, e proteção ao meio ambiente e aos direitos dos indígenas.
Os protestos foram registrados em todos os 26 estados e no DF.
Ato no Rio de Janeiro
No centro do Rio de Janeiro, o protesto começou no Monumento Zumbi dos Palmares, tomou a Av. Presidente Vargas, finalizando na Candelária. Ao longo das quatro horas de ato e quase quatro quilômetros de trajeto, estudantes, trabalhadores, sindicatos, servidores públicos e diversos movimentos populares e minoritários gritaram palavras de ordem contra o governo federal.
“Vacina já, vacina já, Fora Bolsonaro e o governo militar”, “Comida, vacina, saúde e educação, Fora Bolsonaro e também fora Mourão” foram algumas das frases em cartazes e entoadas em coro durante o ato. Organizadores distribuíram máscaras para evitar a contaminação.
No momento final, em frente à igreja da Candelária, houve um ato ecumênico, com um minuto de silêncio pelas vítimas da covid e também pelas mortes ocorridas nas favelas cariocas nestes últimos tempos.
Alguns servidores do Judiciário Federal e diretores do Sisejufe participaram do ato no centro do Rio.
“É um sentimento ambíguo. Por um lado a preocupação em evitar a aglomeração e manter as medidas de proteção necessárias para evitar a disseminação do vírus. Por outro lado, a necessidade de se combater a necropolítica desse governo genocida, responsável por mais de meio milhão de mortes e que ainda quer destruir o serviço público”, afirma o diretor do Sisejufe Ricardo Quiroga, presente à manifestação.
A diretora Soraia Marca ressaltou: “é importante a população voltar às ruas para mostrar indignação com os rumos adotados pela política genocida de Bolsonaro, que tem sua continuidade na proposta da reforma administrativa, outro golpe na vida de servidores e da população brasileira mais pobre. Chegamos aos 500 mil mortos e não podemos esquecer de que a falta de vacina foi uma das principais causas destas mortes”.