Um dos principais defensores do desmonte do Estado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não perde a chance de atacar os serviços públicos com discursos falaciosos. Maia voltou a externar sua posição a respeito de reformas encaminhadas pelo governo Bolsonaro, principalmente a Administrativa. O deputado pregou União para aprovar medidas que tanto vão prejudicar a população brasileira quanto o funcionalismo público do país. Por conta disso, a direção do Sisejufe e o conjunto do movimento sindical em todo o país não medirão esforços para mobilizar a categoria e a sociedade na luta nacional contra a PEC 32, que trata da Reforma Administrativa.
Após um jantar na última segunda-feira (5/10 ) com os ministros da Economia, Paulo Guedes; das Comunicações, Fábio Faria; e da Secretaria de Governo da Presidência, Luiz Ramos, Maia pediu união para retomar a votação da agenda de reformas e afirmou que vai dar urgência à regulamentação do teto de gastos públicos.
Resistência e luta
Mas o presidente da Câmara pode ter certeza de que não terá tarefa fácil. O movimento sindical e a sociedade vão resistir para impedir mais esse rol de atrocidades que o governo Bolsonaro quer empurrar goela abaixo da população e dos servidores públicos. Entidades que integram a Frente Ampla pela Valorização dos Serviços Públicos contra a Reforma Administrativa estiveram reunidas em 1º de outubro quando encaminharam a preparação da campanha nacional #ContraAreformaAdministrativa. A previsão é de ter início na segunda quinzena deste mês.
Maia afirmou que considera necessário votar a Reforma Administrativa ainda neste ano. “Sem a modernização do Estado brasileiro e a melhoria da eficiência dos gastos na administração pública, o Brasil não vai avançar”, acatou.
“A situação fiscal do Brasil hoje requer união, diálogo e equilíbrio. Sem as reformas, o país entrará numa crise econômica muito grave. A partir de amanhã, precisamos retomar os trabalhos em torno da agenda de reformas, que não vai parar independentemente das eleições municipais. A regulamentação do teto de gastos é a nossa principal urgência, além da reforma tributária e da reforma administrativa encaminhada pelo governo”, disse Maia.
“Precisamos retomar o nosso trabalho unidos, todos os líderes da Câmara e do Senado que compreendem a importância da modernização do Estado e da construção de um programa social, dentro do teto de gastos, para poder dar suporte a milhões de famílias que vão precisar do Estado brasileiro a partir de 1º de janeiro de 2021”, declarou Rodrigo Maia.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que também participou da reunião, elogiou a retomada do diálogo entre o presidente da Câmara e o ministro da Economia para encaminhar as reformas.
“Cada ator tem as suas responsabilidades perante a sociedade brasileira nessa relação de harmonia e comprometimento com causas, com a sensibilidade de compreender a importância do diálogo, da construção de pontes nessa relação institucional”, disse Alcolumbre. “Essa reunião marca um novo iniciar dessa relação, com franqueza, com honestidade, sempre dialogando para construir consensos.”
O ministro Paulo Guedes confirmou que mais reformas estão por vir. Segundo ele, o governo deve enviar ao Congresso mais propostas e voltou a defender a redução dos custos da folha de pagamento.
Fonte: Com Informações da Agência Câmara de Notícias