Sindicalistas confirmam “estado de greve permanente” e atividades para pressionar governo e Congresso Nacional
As centrais sindicais reafirmaram que haverá greve no país caso o governo e o Congresso Nacional insistam em pôr em votação a “reforma” da Previdência. Sem definição de quando isso acontecerá, os dirigentes também optaram por não definir uma data de paralisação. Representantes da CUT, da Força Sindical, da UGT, da CTB, da Nova Central, da CSB, da CGTB, da CSP-Conlutas e da Intersindical voltam a se reunir na próxima quinta (14), para avaliação do quadro.
O calendário aprovado para a “jornada de lutas” nos próximos dias inclui realização de plenárias e assembleias e pressão sobre os deputados nas ruas, aeroportos e no próprio Congresso.
Campanha mentirosa
As centrais divulgaram nota na qual afirmam que a campanha publicitária do governo é “mentirosa e contrária aos interesses do povo brasileiro”. Segundo as entidades, a proposta de “contrarreforma”, como definem, não tem o objetivo anunciado de combater privilégios: “Vai retirar direitos, dificultar o acesso e achatar o valor das aposentadorias e pensões dos trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil, bem como abrir caminho para a privatização do sistema previdenciário, o que contempla interesses alheios aos do nosso povo e atende sobretudo aos banqueiros.”
Segundo os sindicalistas, “os atuais ocupantes do Palácio do Planalto servem a essas classes dominantes”. Prova disso seria o fato de o governo ter voltado atrás em sua decisão de votar apenas no ano que vem: “Voltou atrás por pressão do chamado ‘mercado’, ou seja, do empresariado e de seus porta-vozes na mídia”. Na saída do encontro, os dirigentes entoaram o bordão “Se botar pra votar, o Brasil vai parar”.
Fonte: Rede Brasil Atual