A maioria dos servidores do Judiciário Federal está trabalhando com dedicação e eficiência por meio do trabalho remoto neste período de isolamento social. Alguns, no entanto, só conseguem executar suas tarefas no próprio local de trabalho. É o caso dos agentes de segurança.
O diretor do Sisejufe e coordenador do Núcleo de Agentes de Segurança (NAS), Adriano Nunes explica que os agentes da Seção Judiciária do Rio de Janeiro (SJRJ) estão atuando em várias frentes neste momento.
“Os profissionais se revezam em escala para dar suporte e garantir o funcionamento do plantão judiciário na Avenida Venezuela e na Rio Branco, na seção de transporte e nas subseções foi estabelecido um cronograma de manutenção periódica para preservação dos veículos oficiais. O controle de saída dos equipamentos de informática que serão emprestados aos servidores da JF também será efetuado “in loco” pelos agentes de segurança e, além disso, eles atuam, diariamente, na capital e subseções, em contato com os vigilantes verificando o estado dos imóveis, condições de trabalho, fiscalizando o fornecimento e utilização de EPIS pelos terceirizados prestadores de serviços essenciais de manutenção, conservação e segurança”, explica o dirigente sindical.
Adriano diz que o trabalho do agente tem um valor que muitas vezes passa despercebido: “a atividade de segurança, por sua natureza, tem sua eficiência auferida quando não é notada, ou seja, quando tudo está correndo bem e a segurança não aparece, significa que seu papel está sendo bem cumprindo. Por isso, muitas vezes, sequer é notada pelos usuários”.
E acrescenta: “nesse período de isolamento social e pandemia de Covid-19, o segmento, consciente da importância do seu papel para o funcionamento da Instituição, vem literalmente vestindo a camisa para contribuir da melhor forma com a preservação do bem público e com a continuidade da prestação jurisdicional em atendimento à sociedade. A Administração, magistrados e demais servidores podem contar com a força de trabalho, dedicação, comprometimento e união desse segmento da categoria imprescindível para o funcionamento do Judiciário Federal”, destaca.
Agentes do TRT dão suporte ao funcionamento do Tribunal
O agente de segurança Jedaias Emerson Ferreira, coordenador de Segurança do TRT-RJ, conta que, com exceção dos profissionais que pertencem ao grupo de risco, que foram afastados logo no início da suspensão do expediente, os demais agentes estão trabalhando seguindo uma escala de revezamento, respeitando seus regimes de plantão.
“As pessoas não estão vindo trabalhar presencialmente, mas existem demandas que não param de surgir, como obras e manutenções emergenciais e inadiáveis. Há também eventos episódicos em que os servidores ou terceirizados ligados à área de TI precisam comparecer às unidades de informática do Tribunal para buscar token, computador ou algum equipamento. E nenhum acesso é feito sem acompanhamento”, diz.
O coordenador de Segurança do TRT-RJ relata que há ainda situações em que os computadores de rede desligam e precisam ser religados. Para evitar que o técnico tenha de ir no local, os agentes passaram a executar essa função. Sobre os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), Jedaias diz que estão sendo rigorosos no controle do uso, não apenas dos agentes de plantão, mas também das pessoas que acessam o prédio.
Outra função que tem sido exercida pelos agentes é o atendimento telefônico do Tribunal. “Às vezes são advogados querendo tirar dúvidas quanto ao funcionamento da Caixa Econômica, liberação de alvarás, plantão judiciário… tudo isso a gente auxilia no contato telefônico”, afirma.
Há também os agentes lotados nas áreas administrativa e de inteligência – como fiscalização de contratos e confecção de minutas de resoluções – que estão trabalhando remotamente. “Estamos nos sentindo muito honrados e úteis nesse momento tão delicado que o país vive. Em relação ao moral da tropa, o ato do CSJT (Conselho Superior de Justiça do Trabalho) que reconheceu a atividade de segurança como sendo essencial, foi algo muito positivo, que respalda não só nossa importância, mas também mostra a necessidade do cargo do agente de segurança na estrutura do Poder Judiciário. Estamos aqui para ajudar”, conclui Jedaias.
Agentes do TRF2 também honram o espírito do serviço público
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) está fechado para a atividade fim, mas permanece com algumas atividades administrativas, como de infraestrutura e obras. E para dar suporte a esses profissionais, os agentes de segurança permanecem trabalhando no período de pandemia em plantão de 24 horas, dando todo o apoio à equipe administrativa do Tribunal e fazendo a segurança do prédio.
Segundo o agente Jefferson Moreira de Oliveira, que é supervisor da Seção de Segurança Orgânica do TRF2, além das funções típicas do segmento, os profissionais estão exercendo tarefas atípicas, como recebimento de material e correspondência, controle rigoroso de quem pode ou não entrar no prédio e fiscalização do uso de EPIs como máscara e álcool gel .
“Os agentes também estão auxiliando a equipe de divisão de saúde quando são demandados. Além disso, estão prestando auxílio aos demais setores e gabinetes para religar algum computador que tenha sido desligado ou entrar no gabinete para buscar material para servidor que esteja trabalhando remotamente”, explica, acrescentando que os profissionais que pertencem ao grupo de risco estão exercendo trabalho remoto, como fiscalização de contrato e controle de escala de serviço.
Para Jefferson, os agentes de segurança estão tendo a oportunidade de mostrar a importância do segmento.
“A atividade dos agentes nesse período se mostrou completamente essencial e, assim sendo, estamos indo corajosamente trabalhar, desempenhar nossas funções com muita garra, determinação e com espírito do serviço público. Estamos aí para exercer nosso papel de servir a população”, conclui.