Os agentes de segurança da Justiça Federal do Rio de Janeiro e do Espírito Santo concluíram, na sexta-feira (28/8), a terceira etapa do Curso de Formação Funcional, que tem por objetivo a profissionalização dos seus quadros de segurança. Nesta fase, os alunos receberam instruções quanto ao conhecimento de armamento, manuseio, montagem e desmontagem e treinamento de tiro, com emprego das técnicas simulando situações reais, dentro das regras e normatizações da Polícia Federal.
Na conclusão do curso, os agentes fizeram, ainda, uma prova teórica sobre regras, normas de segurança e legislação. As aulas foram realizadas por meio da parceria entre a Marinha do Brasil e a Administração da JF. Além da cessão do espaço – a Base de Fuzileiros Navais da Ilha do Governador – a Marinha disponibilizou instrutores de armamento para a capacitação dos agentes.
De acordo com o coordenador do curso de formação e vice-diretor executivo de Operações e Articulação Institucional do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do TRF2, Rogério Triani, essa etapa foi antecipada, uma vez que todas as atividades previstas puderam ser realizadas com segurança ao ar livre e cumprindo as normas sanitárias exigidas durante a pandemia de Coronavírus, como distanciamento e uso de máscaras. Já a segunda etapa – que prevê a prática de emprego de defesa pessoal e armamentos menos letais – precisou ser adiada justamente para esperar o momento adequado e seguro para sua realização. A primeira etapa, com aulas teóricas por videoconferência, foi concluída em julho. A qualificação atende à Política de Segurança Institucional do Conselho da Justiça Federal (RES CJF 502/18), bem como as diretrizes da presidência do TRF2.
“Foram excelentes os resultados obtidos até aqui. Num universo de 270 agentes, ofertamos 220 vagas em um ano e 208 agentes passaram por treinamento, com engajamento altíssimo. Eles passaram até agora por 120 horas de treinamento, o que fará toda diferença na questão da profissionalização”, afirma Triani.
Valorização do segmento
A solenidade de encerramento do curso, conduzida por Rogério Triani, contou com a presença do diretor do Foro da SJRJ, juiz Osair Victor de Oliveira Junior; do coordenador de Assuntos Estratégicos de Segurança, Luís Octavio de Carvalho Penna; da diretora-geral do Foro, Luciene da Cunha Dau Miguel; do comandante da Base de Fuzileiros Navais da Ilha, capitão de Mar e Guerra Luiggi e do instrutor de armamento de tiro sargento Gressi. Todos foram homenageados no evento.
O juiz Osair Victor agradeceu o empenho de todos que colaboraram para garantir o sucesso da capacitação e destacou que o tema da segurança é prioridade neste momento. Ele informou que em uma reunião preparatória para um encontro que reunirá presidentes de 91 tribunais regionais das justiças Federal, Eleitoral e do Trabalho, na presença do presidente do CNJ (que será ministro Luiz Fux), a Justiça Federal entendeu como meta estruturar a segurança institucional. “A segurança foi alçada num nível de prioridade para a Justiça Federal. Para ter essa meta, é importante que os agentes de segurança estejam qualificados para terem respeito da nossa comunidade da Justiça”, ressaltou o diretor do Foro.
O comandante Luiggi agradeceu o reconhecimento. “Servir aos senhores é uma missão que vamos carregar nos nossos históricos com muita honra. Estamos de portas abertas e continuaremos com essa parceria”, afirmou.
O coordenador de Assuntos Estratégicos de Segurança, Luís Octávio, destacou a importância de se valorizar o segmento. “Não sabia que existia a carreira de agentes quando cheguei lá (TRF2) e percebi o quanto vocês são importantes. Vocês têm que ter proatividade para manter esse padrão. Continuarem nessa labuta para honrar a missão e carreira de agentes de segurança. Mantenham o espírito de equipe”, disse aos agentes.
Ao fim da solenidade, o coordenador do curso de formação, Rogério Triani, entregou o novo uniforme dos agentes aos homenageados e deixou uma mensagem de otimismo.
“O que nós temos que ter em perspectiva com esse caminhar é que a profissionalização é que vai possibilitar que tenhamos, lá na frente, a conquista de uma carreira na área de segurança”, concluiu.