O desembargador Marcos Cavalcante, relator do recurso administrativo feito pelo Sisejufe contra o Ato 55 – que aumenta a jornada de trabalho dos servidores do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT1) do Rio -, informou à direção do sindicato que deve liberar o seu voto para análise do Órgão Especial do TRT sobre o pedido da entidade na semana que vem. Segundo o magistrado, o voto entrará em pauta na primeira reunião subsequente à data da apresentação do parecer do relator, “respeitando o prazo de 48 horas anteriores da sessão”.
Para Ricardo Quiroga, diretor do Sisejufe, confirmada a apresentação do voto na próxima semana pelo relator e seguindo o trâmite, o recurso administrativo do sindicato deve ser votado na sessão do dia 17 de agosto.
Mais um dia de manifestação dos servidores
Nessa quinta-feira (27/7), ocorreu mais uma manifestação do funcionalismo do tribunal contra a ampliação da jornada de trabalho para oito horas e mais uma de almoço. Munidos de cartazes, os servidores demonstraram total insatisfação contra o Ato 55 de autoria do presidente do TRT1, desembargador Antônio Zorzenon.
A analista judiciária Fabiana Baptista ressaltou a importância da mobilização, destacando que a categoria não pode deixar esmorecer a participação nas manifestações. “Não adianta ficar reclamando pelos corredores de que aumentou a jornada. Temos que participar das atividades, do contrário, acaba sobrecarregando os que participam sempre. A responsabilidade deve ser dividida com todo mundo e não só com uns poucos”, advertiu Fabiana, após a manifestação no quarto andar do prédio da Antônio Carlos.
TRT1 vai comprar prédio da Lavradio e da Gomes Freire
Na sessão do Órgão Especial desta quinta-feira, foi aprovada a compra pelo TRT1 do Rio dos prédios das ruas do Lavradio e Gomes Freire, ambos alugados. De acordo com o diretor do Sisejufe Amauri Pinheiro, foi informado na reunião que os recursos estão no orçamento do tribunal: serão cerca de R$ 170 milhões para a Lavradio; e cerca de R$ 40 milhões para adquirir o da Gomes Freire. Os imóveis passaram por avaliação de mercado feita pela Caixa Econômica Federal.
Resta, no entanto, uma batida de martelo final do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “A definição de que o TRT1 vai ter sede própria tranquiliza o funcionalismo que vive sempre a expectativa de mudança de endereço, caso não haja acordo na renovação dos alugueis dos imóveis”, afirma Amauri Pinheiro.
Fonte: Texto e fotos – Max Leone – Imprensa Sisejufe