Organizada pelo Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no Estado do Rio de Janeiro (Sisejufe), a mobilização segue a data do início do corte de algumas unidades, que também é hoje.
Além de citarem que a medida vai afetar a população, os servidores do Judiciário apontam o impacto provocado em suas vidas. Muitos terão que mudar a rotina e, principalmente, os que são alocados em zonas eleitorais do interior terão que se mudar de cidade.
Diretora do Sisejufe e servidora do TRE do Rio, Fernanda Lauria afirmou à coluna que a mobilização de hoje é só mais um dos passos da categoria contra a decisão do TSE.
“A partir de hoje começam a ser extintas 48 zonas eleitorais da capital, a metade das existentes aqui. O cronograma do interior ainda está sendo estudado, mas é previsto o corte de mais de 60 zonas eleitorais”, pontuou. “Isso prejudica os servidores que, de uma hora para a outra, terão que mudar o local de trabalho e alterar seu planejamento familiar”, acrescentou.
O Sisejufe chegou a entrar com mandado de segurança no TRE do Rio para barrar a medida, mas o pedido foi negado sob o argumento de que a ordem do TSE é superior e tem que ser seguida.
“No pedido, alegamos que esse tipo de decisão é de competência dos TREs. O código eleitoral é claro: a competência para criar ou extinguir zonas é do TRE”, argumentou a diretora do sindicato.
O Sisejufe tem tentado negociar com o TSE, mas, segundo os sindicalistas, o tribunal está resistente. “Essa medida vai afetar drasticamente a população. A portaria do interior desmantela a Justiça Eleitoral no país”, criticou Fernanda Lauria, apontando que a fiscalização das eleições também será afetada.