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Delegação do Sisejufe pressiona parlamentares contra a Reforma da Previdência

A delegação do Sisejufe chegou cedo à Câmara dos Deputados para buscar apoio dos parlamentares do Rio de Janeiro na luta contra a Reforma da Previdência nessa terça-feira (9/5). Restrições de acesso dificultaram os trabalhos: pela manhã, o grupo conseguiu percorrer os gabinetes do Anexo IV, mas o acesso às comissões estava fechado ao público, em função da análise de emendas ao substitutivo da Reforma da Previdência na Comissão Especial, marcada para às 9h30.

A direção-geral da casa parlamentar divulgou nota informando que a segurança foi reforçada.  “Os prédios foram cercados com grades por todos os lados e pelo Batalhão de Choque. Os agentes penitenciários se aglomeram na entrada do Anexo IV. “Muitos colegas que chegaram mais tarde ao Congresso sequer conseguiram entrar, sendo que os próprios servidores da Câmara tinham limitações para o acesso às comissões”, relatou a diretora do Sisejufe Mariana Liria.

As diretoras Lucilene Lima e Lucena Pacheco percorrem os gabinetes para sensibilizar os parlamentares

Fazem parte da delegação fluminense os diretores do Sisejufe José Fonseca, Lucena Pacheco, Lucilene Lima, Mariana Liria, Neli Rosa e Ronaldo das Virgens e os servidores Lucas Costa (TRE Volta Redonda) e Lucia Andreia Araújo (JF São João de Meriti), acompanhados pelos assessores Vera Miranda e Alexandre Marques.

Oposição reafirma apoio aos trabalhadores 

A delegação visitou alguns gabinetes de parlamentares fluminenses que já manifestaram posição contrária à Reforma da Previdência e que deram apoio logístico aos trabalhos no Congresso: Alessandro Molon (Rede-RJ), Chico Alencar e Glauber Braga (PSOL-RJ), Jandira Feghalli (PCdoB-RJ) e Benedita da Silva (PT-RJ).

As assessorias dos deputados Cabo Daciolo (PTdoB-RJ), Deley (PTB-RJ), Chico D’Ângelo (PT-RJ) e Carlos Ramos do Chapéu (PTN-RJ) afirmaram que estes parlamentares também têm posição firme contrária à reforma.

Na parte da tarde, as visitas priorizaram os parlamentares que votaram recentemente a favor da Reforma Trabalhista, mas que ainda não assumiram posição sobre a Reforma da Previdência, mesmo diante da enorme pressão do governo nesse sentido.

As assessorias dos deputados Paulo Feijó (PR-RJ), Marcelo Matos (PHS-RJ) e Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), bem como das deputadas Rosangela Gomes (PRB-RJ), Soraya Santos (PMDB-RJ) e Cristiane Brasil (PTB-RJ) informaram que esses parlamentares não têm posição definida. Eles aguardam o texto final da Reforma da Previdência.

“No entanto, verificou-se que a tendência é de que pelo menos parte do PTB, a maioria do PTN e do PEN vote contra as mudanças, enquanto o PHS deve votar contra a PEC”, relatou o servidor Lucas Costa. PR e PP, assim como outros partidos da base, seguem apoiando o governo.

A assessoria da deputada Rosangela Gomes informou da sua participação na bancada feminina, buscando diminuir a idade para aposentadoria das mulheres, com a justificativa da jornada dupla ou às vezes até tripla. No entanto, a parlamentar segue a disciplina do partido e a bancada ainda não se reuniu para discutir posição.

Já a assessoria de Sérgio Zveiter frisou que, mesmo não revelando sua posição, o deputado é independente e não tem compromisso com cargos no governo, em nenhuma esfera.

Assessores informaram que a deputada Cristiane Brasil acredita que uma reforma é importante, mas que é necessário mais debate. Sua legenda tem em sua base idosos e aposentados, diretamente atingidos pela PEC 287. A assessoria informou que a bancada não votou fechada na Reforma Trabalhista e que igualmente não houve decisão ainda em relação à previdenciária.  A delegação aguarda agenda com a deputada.

Deputados da base afirmam que votam contra a Reforma

A assessoria do deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) informou que, a princípio, tem posição contrária à reforma, já declarada publicamente, caso seja mantido o texto atual, considerando a falta de debate na sociedade. Condena a exclusão de apenas algumas categorias e destacou a discrepância entre trabalhadores rurais e urbanos.

Apesar de compor o partido do governo, Alexandre Serfiotis (PMDB-RJ) informou que não se sente confortável para votar favoravelmente, considerando principalmente a forma como está sendo conduzido o processo, sem o devido diálogo com a sociedade. O deputado Arolde Oliveira (PSC-RJ) já expressou publicamente sua posição contrária em discurso em plenário, lembrou sua assessoria.

Parlamentares favoráveis acreditam que emendas podem minimizar impacto da Reforma  O deputado Francisco Floriano (DEM-RJ) tem posicionamento favorável à reforma, mas ressalva que está aberto a apoiar emendas que atenuem os impactos da PEC. Base do governo, Pedro Paulo (PMDB-RJ) reafirma sua posição favorável à PEC. Acredita que a categoria deve buscar emendas que minimizem os prejuízos da proposta. Assessoria de Simão Sessim (PP-RJ) informou que o deputado segue o partido e a orientação do governo, portanto vota favoravelmente.

Trabalho de convencimento continua nesta quarta-feira

A delegação do Rio de Janeiro vai continuar o trabalho de pressão junto aos parlamentares nesta quarta-feira.

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