Eleições nas democracias burguesas estão cada vez mais parecidas com reality shows. O diretor geral se confunde com o marqueteiro e trata de fascinar os otários, quero dizer, os eleitores, com artifícios visuais e discursos ocos, tão verossímeis quanto as projeções estatísticas dos economistas. Há, porém, uma diferença crucial: o Big Brother tem mais audiência do que qualquer debate político-eleitoral. Isso tudo, porém, é superfície.