O acordo mediado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que resultou na decisão de transferir, a partir de 1º de dezembro, a carteira de 370 mil usuários da Unimed Ferj para a Unimed do Brasil foi antecipado em reunião com o Sisejufe (Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no RJ) e a Adur (Associação dos Docentes da UFRRJ).
O encontro, realizado dias antes do anúncio oficial, contou com a presença do presidente da ANS, Wadih Damous, e do secretário-executivo Francisco D’Angelo, e teve papel decisivo ao expor a gravidade da crise e cobrar providências urgentes para garantir a continuidade da assistência à saúde.
Durante a reunião, as entidades apresentaram relatos de servidores e docentes prejudicados pela descontinuidade de atendimentos, com hospitais, clínicas e laboratórios restringindo ou interrompendo o serviço, e diversos médicos deixando de atender pela operadora.
A presidenta do Sisejufe, Lucena Pacheco, alertou que “a crise tem afetado diretamente a vida e a saúde de servidores e suas famílias, exigindo uma atuação firme da Agência para garantir que o sistema Unimed cumpra seu papel e seus contratos”.
A presidenta da Adur, Elisa Guaraná, reforçou a importância da atuação conjunta das entidades e do protagonismo da ANS neste momento: “A Unimed é um sistema nacional e deve responder como tal. É fundamental que a ANS atue com rigor para garantir os direitos dos consumidores”.
O presidente da ANS, Wadih Damous, reconheceu a gravidade da situação e reafirmou o compromisso da Agência em buscar soluções que responsabilizem o sistema Unimed e assegurem o atendimento aos beneficiários.
A reunião marcou um passo importante na articulação do Sisejufe e da Adur com a ANS, em defesa da saúde e dos direitos das servidoras e servidores públicos federais. A decisão anunciada nesta segunda-feira (10/11) foi a resposta concreta à mobilização das entidades, que já vinham cobrando providências firmes diante do colapso da operadora.
Entenda a decisão da ANS
A medida anunciada pela ANS transfere para a Unimed do Brasil, gestora da marca em nível nacional, a responsabilidade pelos 370 mil usuários da Unimed Ferj, a partir de 1º de dezembro.
A decisão foi formalizada após reunião na sede da agência, no Rio de Janeiro, com representantes das duas Unimeds, além do Ministério Público Federal (MPF), do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Defensoria Pública Estadual.
De acordo com Wadih Damous, a Unimed do Brasil terá 20 dias para viabilizar a transição, assegurando o atendimento aos beneficiários diante da impossibilidade da Ferj de honrar suas dívidas.
A crise da Unimed Ferj se arrasta há anos e se agravou após a incorporação da carteira da antiga Unimed-Rio. O acúmulo de dívidas, a suspensão de atendimentos e a redução da rede credenciada levaram as entidades sindicais a buscar interlocução direta com a ANS, ação que antecipou a resposta regulatória anunciada nesta semana.
O Sisejufe seguirá acompanhando as medidas da ANS e cobrando soluções que garantam a continuidade e a qualidade do atendimento aos servidores e suas famílias.
Imprensa Sisejufe, com informações de O Globo
