Matéria publicada pelo site Agenda do Poder, com informações da coluna do Ancelmo Gois no jornal O Globo detalha a aposentadoria compulsória, decidida por unanimidade pelo CNJ, do desembargador Guilherme Diefenthaeler, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), acusado de assédio moral e sexual.
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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, na segunda-feira (20), aposentar compulsoriamente o desembargador Guilherme Diefenthaeler, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), que abrange os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. A decisão, segundo informa o colunista Ancelmo Gois no jornal O Globo, foi unânime entre os conselheiros e teve como base acusações de assédio moral e sexual contra servidoras, inclusive integrantes do gabinete do magistrado.
Com a punição, Diefenthaeler deixa a magistratura com aposentadoria proporcional, a penalidade mais grave prevista para juízes dentro da esfera administrativa. O caso é considerado um dos mais emblemáticos julgados recentemente pelo CNJ envolvendo condutas de assédio no Judiciário.
Denúncias e afastamento cautelar
As denúncias contra o desembargador vieram a público em março deste ano, quando a colunista Bela Megale, do jornal O Globo, revelou que o Conselho da Justiça Federal (CJF) havia decidido afastá-lo de forma cautelar de suas funções. Segundo a reportagem, o afastamento ocorreu após relatos de servidoras sobre comportamentos inadequados e constrangimentos sofridos no ambiente de trabalho.
Dois meses depois, em maio, o CJF publicou no Diário Oficial da União a confirmação da medida e a abertura de um processo administrativo disciplinar (PAD) para apurar formalmente as acusações. Durante o processo, testemunhas relataram episódios de assédio e abuso de autoridade cometidos pelo magistrado ao longo de seu exercício no tribunal.
Carreira e histórico no TRF-2
Natural do Rio Grande do Sul, Guilherme Diefenthaeler tomou posse como desembargador do TRF-2 em janeiro de 2012, após carreira na magistratura federal. Ao longo dos anos, atuou em casos de grande repercussão na Justiça Federal, mas sua trajetória foi interrompida pelas denúncias de conduta incompatível com o cargo.
Com a decisão do CNJ, o tribunal onde atuava deve ser notificado para formalizar a aposentadoria e redistribuir os processos que estavam sob sua relatoria.
Fonte: Agenda do Poder e O Globo