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Cinedebate no CCJF: exibição do filme “Doutor Gama” contou com rico debate sobre a vida de Luiz Gama; evento teve apoio do Departamento de Combate ao Racismo

O longa-metragem, de Jeferson De, é um drama histórico que narra a vida de Luiz Gama, abolicionista e advogado negro do século XIX

O Comitê Permanente de Equidade Racial e de Gênero da Seção Judiciária do Rio de Janeiro promoveu na noite desta sexta-feira, 04/10, na sala de Cinema do Centro Cultural Justiça Federal (CCJF), a exibição do filme “Doutor Gama”, seguido de um rico debate com a presença do Dr. Carlos Adriano Miranda Bandeira, juiz federal e presidente do Comitê Permanente de Equidade Racial e de Gênero da SJRJ; com o Professor Doutor da UFRJ, Flavio Gomes; e Humberto Adami, vice-presidente da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil do Conselho Federal da OAB e presidente da Comissão Estadual da Verdade da Escravidão Negra da Seccional da OAB/RJ e presidente da Comissão da Igualdade Racial do IAB).

Eles falaram sobre a importância de Luiz Gama, seu apagamento histórico e sua importância. De maneira mais ampla, o debate falou, claro, sobre a questão da escravidão no Brasil.

Para Patricia Fernanda, do Departamento de Combate ao Racismo do Sisejufe, que inclusive apoiou o evento, foi uma noite de muito aprendizado e orgulho: “Luiz Gama deve ser  inspiração para todo jurista, especialmente negro. Foi uma honra participar da atividade proposta pelo Comitê de Equidade Racial e de Gênero da SJRJ homenageando este nosso célebre ancestral, no CCJF. O Departamento de Combate ao Racismo está apoiando essa e outras ações que visem celebrar heróis negros e participar da reconstrução da história e da sociedade.”

Neli Rosa, coordenadora da Secretaria de Aposentados e Pensionistas do Sisejufe também esteve no evento e elogiou muito: “Mesmo com esse dia chuvoso, fiz questão de vir. Sabia que ia gosta e que valeria a pena, mas me surpreendi ainda mais. Muito bom ter vindo. Luiz Gama é, sem dúvida, um personagem de nossa História que muito nos orgulha e inspira até hoje. Muito bom ter ouvido palestrantes tão incríveis falando sobre ele. Foi uma noite verdadeiramente prazerosa e enriquecedora para todas e todos nós”, disse Neli.

Dr. Carlos Adriano Miranda Bandeira, juiz federal e presidente do Comitê Permanente de Equidade Racial e de Gênero da SJRJ falou sobre a existência do cinedebate: “A ideia era de que a Seção Judiciária pudesse abrigar iniciativas que discutissem temas relacionados à igualdade racial, tanto perante ao público interno quanto ao público externo. Com a exibição de filmes seguidos de debates, a coisa ganhou corpo e foi muito interessante. Ano passado, em novembro, fizemos a primeira edição, quando então exibimos o filme Auto de Resistência e agora estamos nessa segunda edição, com o filme sobre Luiz Gama. Trata-se de uma personalidade ímpar, que sofreu um apagamento histórico, foi super importante na época dele, mas passou os 100 anos seguintes na obscuridade. De uns anos pra cá, está sendo falado, redescoberto e retomado graças ao trabalho de pesquisa de historiadores, pessoas de outras áreas como artistas, escritores, que estão dando uma maior visibilidade a ele.

O evento, aberto ao público e gratuito, contou com o apoio do Departamento de Combate ao Racismo do Sisejufe.

Ao final do evento, o ator Deo Garcez, que há mais de 10 anos interpreta Luiz Gama no teatro, convocou todos e todas a irem assistir à peça “Luiz Gama – Uma voz pela liberdade”, que nos dias 15, 16 e 17 de novembro será exibida no CCJF.

“É uma alegria, um prazer enorme interpretar há tanto tempo essa personalidade tão incrível e instigante que foi, que é Luiz Gama. Continuar propagando sua importância é algo que me motiva a cada dia. Gama foi o maior advogado e maior abolicionista de todos os tempos. Sua história, sua luta pela liberdade, seus ideais de fraternidade, igualdade de direitos, democracia e dignidade humana são maravilhosos e muito, muito inspiradores. Fico feliz de ajudar a propagar sua vida, obra e legado a mais e mais pessoas”, afirma o ator.

Finalizando o cinedebate, foram sorteados 4 exemplares de dois livros: “Luiz Gama”, de Luiz Carlos Santos; e “O Pacto da Branquitude”, de Cida Bento.

 

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