O portal Metrópoles informa, em reportagem nesta terça-feira (1/8), que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tem uma nova estratégia para conseguir aprovar uma reforma administrativa (PEC 32). De olho no ingresso do Centrão como base aliada do governo Lula, Lira pretende repetir com a reforma administrativa estratégia semelhante à que usou para aprovar a reforma tributária no plenário da Casa, em julho de 2023.
A ideia do presidente da Câmara, segundo o colunista do Metrópole, Igor Gadelha, é “desbolsonarizar” a PEC 32 (reforma administrativa), diante da resistência do governo Lula à proposta.
Diz o colunista que Lira pretende tirar as digitais do bolsonarismo da PEC.
Nas próximas semanas, o presidente da Câmara pretende iniciar uma força-tarefa para convencer o governo a apoiar a reforma. Para isso, ele se mostrará disposto até mesmo a apresentar nova versão da proposta.
Lira, no entanto, não precisaria iniciar a tramitação do novo texto do zero. A ideia seria apensá-lo à PEC da reforma administrativa que já passou pela Comissão de Constituição e Justiça a (CCJ) e por uma comissão especial.
Luta para barrar a PEC
Por onde passa, Lira reforça sua tese falaciosa de que a reforma administrativa não prejudica os serviços públicos e o funcionalismo. Em entrevista ao programa Roda Viva, na segunda-feira (31/7), o parlamentar disse que a PEC não afeta os servidores e as servidoras atuais. “Ela não ataca o funcionário público de hoje. E não vai contra nenhum direito adquirido. O que ela faz é um corte temporal para os novos entrantes”, afirmou.
A verdade
A PEC 32 é sim uma grande ameaça aos serviços públicos, aos servidores e à população e essa informação precisa ser massificada. A reforma administrativa que tramita atualmente na Câmara afeta servidores e servidoras de todas as esferas, inclusive os aposentados e aposentadas.
Diante desse cenário, será preciso intensificar a mobilização contra a proposta. Na Legislatura anterior, o movimento nacional dos servidores impediu que a reforma avançasse. Agora, não faltará disposição e estratégias para barrar essa nova tentativa de desencavar esse projeto absurdo que visa sucatear a prestação de serviço público e prejudicar o funcionalismo público. Seguiremos com muita luta.
Com informações do portal Metrópole e site da TV Cultura