Durante a celebração do Dia da Consciência Negra promovida pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), órgão da Presidência da República, o presidente Lula e o ministro Edson Santos participarão do ato de inauguração da estátua de João Cândido, líder negro da Revolta da Chibata. [A estátua estava originalmente no Museu da República.] O evento acontece na quinta-feira, 20 de novembro, às 18h30, na Praça XV, no Rio. Várias atividades em homenagem a Zumbi dos Palmares, a partir das 14h, estão marcadas para o local , entre as quais apresentações musicais com Nelson Sargento, Noca da Portela, Dona Ivone Lara, Neguinho da Beija Flor, João Bosco e Martinho da Vila. Clique no título e saiba mais.
A CELEBRAÇÃO
A programação do DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA começa às 14h, na Praça XV, centro da cidade do Rio de Janeiro (RJ).
14h – shows com Nelson Sargento, Noca da Portela, Dona Ivone Lara e Neguinho da Beija Flor
16h – lançamento do Projeto Memória da Fundação Banco do Brasil – "JOÃO CÂNDIDO, a luta pelos direitos humanos"
18h30 – Inauguração da Estátua de João Cândido
19h – Saudações de Candinho, filho de João Cândido, do Excelentíssimo Senhor Ministro Edson Santos, do Excelentíssimo Senhor Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e demais autoridades.
19h30 – Show de João Bosco e Martinho da Vila
ZUMBI DOS PALMARES
Zumbi foi líder do quilombo dos Palmares (AL), importante foco de resistência da população negra escravizada que lutava por sua liberdade. Morto em 20 de novembro de 1695, teve seu corpo exibido em praça pública para semear o medo entre os escravos e impedir novas revoltas e fugas. Mas o efeito foi oposto, despertando a consciência de que era preciso lutar contra a escravidão, como Zumbi ousou fazer.
O dia 20 de novembro já é feriado em muitas cidades brasileiras por conta de leis municipais e estaduais. Um projeto de lei para torná-lo feriado nacional tramita no Congresso Nacional.
JOÃO CÂNDIDO
Entrou para a Marinha aos 13 anos. Em 1910, ao ver um marinheiro ser castigado com chibatadas, liderou uma revolta que lhe rendeu o apelido de Almirante Negro. Conseguiu que o Governo Federal se comprometesse a abolir os castigos aos marinheiros mas nem por isso João Cândido deixou de ser punido. Foi expulso da Marinha, chegou a ser internado em um hospício e trabalhou até o fim da vida, aos 89 anos, na Praça XV, descarregando peixes de navios.
Na estátua que será descerrada no evento do dia 20 foi criada pelo artista plástico Walter Brito. Nela o Almirante Negro segura o leme em uma das mãos. A outra, aponta para o mar. A estátua estava provisoriamente instalada nos jardins do Museu da República (RJ) e foi deslocada na semana passada para a Praça XV.
Marcello Rodrigues Azevedo
Secretário de Comunicação da CUT-RJ