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Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no estado do Rio de Janeiro - Telefone: (21) 2215-2443

Sisejufe ao Vivo’, nesta quarta (3/8), convida especialistas para analisar os riscos da residência jurídica

Debate vai encerrar as atividades do apagão judiciário no Rio de Janeiro

Uma das atividades do Sisejufe no Apagão Judiciário, nesta quarta, 3 de agosto, às 19h, será a realização de uma live sobre Residência Jurídica com o consultor e assessor de entidades sindicais Vladimir Nepomuceno; o assessor jurídico Rudi Cassel; e as diretoras Soraia Marca (coordenadora da Fenajufe), Lucena Pacheco (coordenadora-geral da Fenajufe) e Mariana Petersen.

Para acompanhar, basta acessar o link sisejufe.org.br/aovivo no horário marcado.

Entenda o risco

Uma Resolução do Conselho Nacional de Justiça, publicada em 7 de janeiro deste ano, autorizou os tribunais federais a criarem programas de residência na modalidade de ensino destinados a advogados com cinco anos de formação ou pós-graduandos da área do Direito. A ideia é que esses profissionais recebam treinamento em serviço para auxiliarem os magistrados e servidores “no desempenho de suas atribuições institucionais”. A residência terá jornada de 30 horas por semana com duração máxima de três anos, sem gerar vínculo com o serviço público. Os residentes receberão uma bolsa em valor que não foi definido pela resolução.

A residência jurídica está sendo vista pelas entidades sindicais com preocupação, já que permitiria que o bolsista ajudasse “na prática” os magistrados, exercendo atividades, ainda que em caráter formativo, que são da natureza do trabalho dos servidores concursados.

Ameaça em curso

No dia 11 de julho, o TRT-MG tornou-se um dos primeiros tribunais do país a implantar o Programa, com o lançamento de edital que prevê a abertura de 300 vagas de residentes, mais cadastro reserva. Poderão concorrer bacharéis em Direito que tenham concluído a graduação há no máximo cinco anos, ou que estejam cursando especialização, mestrado ou doutorado, mesmo que formados há mais tempo.

Seguindo o que dispõe a Resolução, os residentes do TRT mineiro terão jornada de trabalho de seis horas diárias e 30 horas semanais, podendo trabalhar de forma remota, a critério do magistrado orientador. O Tribunal oferece bolsa-auxílio de R$ 4 mil, mais auxílio-transporte de R$ 12 para cada dia de trabalho presencial. O residente pode participar do Programa por até 36 meses, sem qualquer vínculo com o Tribunal.

Neste cenário, a residência jurídica pode se tornar apenas um “tapa buraco” com uma mão-de-obra mais barata no lugar de repor o quadro de pessoal com a realização de concursos para a carreira de técnicos e analistas, previstos na Constituição.

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