Sisejufe se mantém firme na luta e participa das atividades da vigília contra a PEC 32, em Brasília
Em um ato de covardia política, o ministro da Economia Paulo Guedes no último domingo (24/10) que o governo poderia pagar R$ 400 no programa Auxílio Brasil se o Congresso aprovar a reforma administrativa. A fala foi feita em entrevista coletiva concedida ao lado do presidente Bolsonaro. A “promessa” é covarde pois, de forma perversa, tenta por os trabalhadores mais vulneráveis, desempregados ou subempregados, contra aqueles que prestam serviços que são essenciais à sobrevivência dessa mesma parcela da população. Os serviços mais afetados pela Proposta de Emenda Constitucional 32/2020 serão justamente os da área da Saúde e Educação públicas, cujos usuários são a imensa maioria da papulação. A PEC também atinge outras áreas, como meio ambiente, assistencia social, justiça e segurança.
Apesar do valor alardeado pelo governo, o Auxílio Brasil abarcará menos 50 milhões de pessoas que hoje recebem o auxílio emergencial aprovado pelo Congresso Nacional em 2020. Sem ter resposta para a questão fiscal, gerada com o fim do auxílio emergencial e a transformação do Bolsa Família no novo auxílio para os mais vulneráveis, o ministro solta para a imprensa uma conta mirabolante e populista. A “economia” com a reforma administrativa pagaria R$ 400 de auxílio para os mais pobres.
Guedes diz que a reforma administrativa irá gerar economia de R$ 300 bilhões na próxima década. Dessa forma, não haverá problema em separar R$ 30 bilhões para financiar uma parte do Auxílio Brasil. Mas nem o economista, nem seu comandante explicaram como a conta seria fechada. Aliás, durante os vinte minutos da coletiva, Bolsonaro não emitiu nenhuma consideração.
A informação do ministro foi desmentida pelo deputado federal Rogério Correia (PT-MG) nas redes sociais. “Atenção servidor público: governo genocida volta a ameaçar com reforma administrativa e mente ao vincular a PEC 32 com auxílio emergencial. COVARDIA na semana do servidor!”, destacou o parlamentar. “O presidente precisava de R$ 30 bilhões a mais, e o Senado não avançou com a reforma do Imposto de Renda, que daria essa fonte”, disse. “A reformulação [do teto] é tecnicamente correta, as despesas e o teto estão casados”, disse Correia.
Durante essa segunda (25/10), servidoras e servidores deram início às mobilizações da semana com recepcião aos parlamentares que chegavam ao Aeroporto Internacional de Brasília, vindos de seus estados. As palavras de ordem dessa vez foram: O Paulo Guedes é um fascistinha. A sua PEC tem cheiro de rachadinha. Não vai ter PEC, vai ter Luta! O sisejufe está representado em Brasília pelas diretoras Soraia Marca, Helena Cruz e Lucena Pacheco, além da representante de base Clarisse Pacheco.
#PECvaiCAIR
Os 210 tuites para pressionar os deputados a votarem contra a Reforma da Administração de Bolsonaro
Agora à noite, por volta das 19h, o twitaço #PECvaiCAIR contra a Proposta de Emenda Constitucional 32/2020 pelas redes sociais disparou mais de 200 frases sobre a reforma administrativa como forma de pressionar os parlamentares a votarem contra a proposta. Foram disparadas mais de 200 frases como “A reforma administrativa facilita a vida de políticos corruptos e desmontará o serviço público.” e “Não adianta elogiar o SUS e apoiar a PEC da Rachadinha.”
A atividade virtual fez parte da agenda de mobilização dessa semana em que se comemora o dia do Servidor Público, 28 de outubro.