As mensalidades do plano de saúde oferecido pelo Sisejufe em convênio com a Unimed-Rio terão correção de 3,30%. O reajuste entra em vigor a partir deste mês ou julho, dependendo do tipo de contrato dos servidores. Inicialmente, o percentual de aumento solicitado pela operadora do plano foi de 21,81%.
A carta enviada pela operadora Qualicorp foi veementemente refutada e o sindicato sequer avaliou a possibilidade discutir um reajuste naquele patamar. O que foi proposto sem nenhuma possibilidade de percentual acima foi a inflação do período, que foi de 3,30%. A Unimed Rio concordou em conceder o desconto máximo no índice estabelecido inicialmente sobre todos os preços, planos e faixas etárias, sem deixar de assegurar a qualidade da cobertura contratada.
Durante a negociação, a direção do sindicato foi enfática na necessidade de manter o percentual baixo, tendo em vista que a sinistralidade não extrapolou o limite de 70% e a categoria já está sem reajuste e sem perspectiva de recomposição salarial nos próximos períodos. Além disso, o Sisejufe argumentou que, durante a pandemia, a suspensão de todos os exames, consultas e procedimentos tem refletido na diminuição dos custos do plano.
Outro fator levado em consideração foi a baixa competitividade com outros planos oferecidos por Tribunais e associações. Este fator foi determinante para convencer a Unimed de que não seria apropriado um reajuste tão elevado, pois isso poderia inclusive causar a saída de pessoas que teriam dificuldades em arcar com o reajuste ou quem procurasse por um plano mais em conta. A operadora também levou em consideração a parceria de longa data com o Sisejufe.
O que dizem os planos de saúde
O principal argumento das operadoras para reajustar as mensalidades são os custos com assistência médico-hospitalar – a inflação médica – que, segundo as empresas, têm sido superiores à inflação. A Variação de Custo Médico Hospitalar foi de cerca de 15% em 2019, calculado em um conjunto de planos individuais, segundo o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). O indicador reflete a variação de preços de serviços médicos e hospitalares, incluindo ainda laboratórios, clínicas, hospitais, entre outros itens.
Entre os pontos que fazem a inflação médica subir, de acordo com a Confederação Nacional de Saúde (CNS), estão a adoção de novas tecnologias, o envelhecimento da população e maior procura dos segurados de planos coletivos.