Em mais uma demonstração de total menosprezo e desconhecimento do que é ser servidor público e para que se destina o serviço público, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou – não foi a primeira vez e pelo jeito não será a última – a atacar o funcionalismo em geral. A direção do Sisejufe repudia veementemente o teor da entrevista que este senhor concedeu à Folha de S. Paulo, em 3 de novembro, deixando mais do que claro que ele serve ao capital em detrimento do bem público e social do nosso país. Pau mandado dos bancos e do interesse de grandes corporações, Guedes e o governo Bolsonaro querem dizimar o patrimônio público e reduzir a pó os direitos do povo brasileiro, incluindo aí servidores públicos.
Na entrevista, Guedes informa que o governo Bolsonaro vai anunciar medidas que, nas palavras do ministro da Economia, “dão início a uma tardia reforma do Estado”. O que na verdade, o que a reportagem não mostra é o significado da reforma, verdadeiro ataque ao povo, num discurso que tenta se passar por moderno.
Ao se referir especificamente aos servidores, o posto Ipiranga do governo Bolsonaro – é assim que o presidente adora mencioná-lo – é desrespeitoso, irresponsável e cruel com milhões de pessoas que dedicam suas vidas diariamente, muitas vezes sem a mínima condição de trabalho, a atender a população. Diante de um ponto de vista distorcido, de um sujeito que não consegue entender a realidade da classe trabalhadora com um todo – só tem olhos e agrados ao empresariado – é que a direção do Sisejufe se posiciona contrária às propostas do ministro.
Acabar com a estabilidade no serviço público representa deixar o servidor exposto a governos de ocasião, a pressões para que sejam implementadas propostas contrárias ao interesse público. Quem não valoriza o servidor público é esse governo, que adora o discurso do Estado mínimo. Vale lembrar que quem está mal com a opinião pública é o próprio governo que, dia após dia, vê sua avaliação positiva despencar ladeira abaixo.
Ao afirmar que o servidor está sem autoestima, Guedes esquece que isso é provocado pelo próprio governo que, entre muitas iniciativas, congela orçamento impedindo investimentos em pessoal, adotando justamente a concepção da tesourada. Diante de um cenário que estar por vir, a diretoria do Sisejufe conclama a categoria do Judiciário Federal do Rio a unir forças na luta contra mais um pacote de medidas que será divulgado muito em breve por este governo totalmente descompromissado com os interesses do povo brasileiro. É preciso resistir ao que está por vir!
Direção do Sisejufe