O sindicato intensificou, nos últimos dias, as ações para alertar a categoria quanto aos efeitos perversos da Reforma da Previdência (PEC 6) e mobilizar para a Greve Geral. Diretores, que já vinham fazendo passagens nas últimas semanas para explicar as armadilhas da proposta, percorreram nesta semana prédios das justiças do Trabalho, Federal e Eleitoral, na capital e no interior. Foram distribuídos materiais informativos e kits de apoio para a greve, que acontece nesta sexta-feira (14/6) em todo o país.
Além da capital, a diretoria e representantes de base estiveram presentes em Três Rios, Petropolis, Itaboraí, Magé, Niterói, Teresópolis, Resende, Barra Mansa, Volta Redonda, Caxias e Nova Iguaçu, entre outros locais. “Se dermos uma boa demonstração de força, temos condições de diminuir os efeitos perversos da Reforma da Previdência e temos condições de segurar outras propostas que virão nesse processo, como a quebra de estabilidade, a questão de redução da jornada de trabalho com diminuição de salário, a Reforma Administrativa porque isso é um arcabouço, do ponto de vista jurídico, que foi implantado: a PEC do Teto, a Reforma Trabalhista… a lógica é acabar com serviço público. Pra gente, esse momento é essencial para alterar o curso desta reforma”, afirmou o presidente do Sisejufe, Valter Nogueira Alves, durante passagem na Justiça Federal Rio Branco.
Para a diretora do sindicato e coordenadora da Fenajufe, Lucena Pacheco, o servidor está consciente do seu papel neste processo. “Está todo mundo incomodado com a Reforma da Previdência e disposto a aderir à greve. Também precisamos pressionar os parlamentares através das redes sociais. Nós, no Sisejufe, temos nossa própria campanha e aderimos a outras quatro: Frente Parlamentar Mista contra a Reforma; Que Reforma é essa?; Reaja Agora e Diga Não (Fenajufe). É fundamental que cada servidora e servidor participe da greve e compartilhe os materiais de campanha para mostrar sua indignação com o texto apresentado pelo presidente Bolsonaro”, ressaltou.
A categoria precisa estar nas ruas junto com todos os trabalhadores, estudantes e movimentos sociais. Na capital, a concentração para o ato unificado da Greve Geral está marcada para às 15h, na Candelária.
“Nosso caso é uma greve de ocupação. Vamos estar no local de trabalho, mas nos concentrar na porta de cada unidade para dialogar com a sociedade e esclarecer a população sobre quem são os verdadeiros privilegiados: os bancos, as grandes corporações e os ruralistas. É preciso informar aos cidadãos que os servidores já passaram por duas reformas previdenciárias recentemente e demonstrar as distorções da abordagem feita pela grande mídia, que insiste em tratar os servidores como vilões. Precisamos nos unir na luta para barrar essa reforma e demonstrar nossa indignação com os retrocessos sociais impostos sistematicamente pelo atual governo”, disse o vice-presidente do sindicato Lucas Costa, na sede do TRE-RJ.