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DEU NA IMPRENSA: Centrais atacam reforma e confirmam greve geral

A capitalização da Previdência, proposta na reforma enviada ao Congresso pela gestão Bolsonaro, foi um dos pontos mais criticados por lideranças das centrais sindicais no 1º de Maio em São Paulo. Pela primeira vez, as centrais realizaram um ato unificado no Dia do Trabalhado e levaram 200 mil pessoas ontem ao Vale do Anhangabaú (região central), segundo os organizadores.

Os discursos atacaram pontos impopulares da reforma e de outras medidas econômicas de Bolsonaro, servindo como combustível para convocar uma greve geral para 14 de junho. O presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que a
reforma entrega a previdência pública aos bancos. A referência de Freitas é à possibilidade aberta pela reforma de que instituições financeiras administrem um futuro regime de capitalização.

“O governo quer entregar a Previdência para os grandes bancos”, disse Freitas. Em um sistema de capitalização, o trabalhador contribui para custear a sua própria aposentadoria. Já no sistema atual, de repartição, as contribuições de todos os trabalhadores da ativa sustentam os aposentados.

O secretário-geral da Intersindical, Edson Carneiro (o Índio), disse que Bolsonaro prejudicou os aposentados
da ativa devido à mudança de cálculo do salário mínimo. Na proposta de o Orçamento, foi retirada a
regra que garantia aumento do salário mínimo acima da inflação quando há crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, comemorou a derrubada provisória pelo Supremo Tribunal Federal da regra, criada pela reforma trabalhista de Michel Temer, que permite o trabalho de gestantes e lactantes em locais insalubres. Embora não seja responsável pelas mudanças na CLT, a atual gestão Bolsonaro aprova a medida tanto que o atual secretário especial de Trabalho e Previdência, Rogério Marinho, foi o relator da reforma trabalhista de Temer.

 

Fonte: Agora/SP

 

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