Basta de autoritarismo e desrespeito à decisão do Órgão Especial
Nesta sexta-feira (10/8), os servidores do Tribunal Regional do Trabalho vão protestar contra a nova atitude arbitrária do presidente Fernando Antonio Zorzenon. O Dia do Basta no TRT está marcado para às 12h, em frente ao prédio da Lavradio.
Após longa batalha conduzida pelo sindicato para alterar o Ato 107/2017 e, assim, restabelecer a jornada uniforme de 7 horas com um intervalo intra jornada de 15 minutos e de ser derrotado no Órgão Especial, Zorzenon baixou novo ato (131/2018) desrespeitando a decisão do colegiado, em mais uma atitude típica de autocrata. A Direção do Sisejufe já acionou o Departamento Jurídico da entidade para tomar providências contra essa medida que prejudica diretamente o funcionalismo do órgão.
Um contador para a saída do presidente do TRT foi colocado na página do Sisejufe. No Dia do Basta, faltarão 170 dias para o fim do mandato de Zorzenon.
O protesto faz parte do Dia do Basta, movimento organizado pelas centrais sindicais e frentes. Nesta sexta, trabalhadores e trabalhadoras realizarão paralisações, atrasos de turnos e manifestações nos locais de trabalho e nas praças públicas de grande circulação de todo o país para exigir um basta no desemprego, no aumento do preço do gás de cozinha e dos combustíveis, na retirada de direitos da classe trabalhadora, nas privatizações e contra o golpe. “Os servidores, em conjunto com o sindicato, precisam dar um basta nos desmandos que assolam o país e, especialmente nas comandadas pela Presidência do TRT”, convoca o diretor do Sisejufe Ricardo Quiroga.
Diretor explica os absurdos do Ato 131
De acordo com Ricardo Quiroga, diretor do Sisejufe, em um primeiro ponto, o novo ato viola a questão do intervalo intrajornada e das horas crédito, criando a obrigatoriedade de almoço de uma hora para se contabilizar para banco de horas, confrontando a decisão do Órgão Especial que estabeleceu 15 minutos.
Zorzenon também vetou o banco de horas para servidores que exercem teletrabalho parcial e, por fim, criou uma série de empecilhos, com autorizações absurdas para trabalhar horas-extras, como se não fosse do interesse da própria administração a dedicação dos servidores ante o deficit do quadro no tribunal.
Quiroga ressalta que nenhuma dessas determinações constava no ato anterior, não havia sido objeto de questionamento por parte do sindicato ou quem quer que seja. Para o dirigente, as alterações propostas pelo presidente do TRT1 não visam a melhoria ou a eficiência no trabalho, “mas apenas prejudicar os servidores e se vingar da coragem em se opor aos seus desmandos”.
“Desta vez foram ultrapassados todos os limites, ao ignorar solenemente uma decisão do Órgão Especial, colegiado que está acima dele. A capacidade do presidente Zorzenon de imaginar formas de espezinhar e prejudicar os trabalhadores parece infinita”, criticou o dirigente do Sisejufe.