Primeiro aplaudo este retorno, no mínimo por ser um obstáculo ao monopólio de O Globo.
Um jornal diário, como qualquer outro, é antes de tudo um investimento empresarial. Precisa de um grupo econômico que o sustente, mas este só sobrevive se oinvestimento for lucrativo. No caso de um jornal, lucrativo é conquistar anunciantes. Os anunciantes só aparecem se o jornal vender. E a venda inquestionável é a feita para os assinantes. Razão pela qual eu vou assinar o jornal.
Mas qual o interesse do capital em revigorar o Jornal do Brasil?
O novo dono é empresário do setor naval. Um setor que estava falido e foi recuperado quando Lula orientou a Petrobrás a comprar os navios no Brasil e não mais no exterior. Isto revitalizou o setor naval e gerou milhares de empregos com bons salários, especialmente para jovens.
À época eu lecionava no Henrique Lage, escola da FAETEC em Niterói. Eu vi a escola ser refor-mada pela Petrobrás, inúmeras máquinas serem nelas lotadas. Eu vi centenas de jovens estudando quase todos foram trabalhar na Petrobrás (pena que a maioria em terceirizadas). E eu vi os estaleiros revitalizados, centenas de operários empregados ou reempregados. Os estaleiros ficavam em Niterói (que recebia os impostos), mas os operários moravam prioritariamente em São Gonçalo.
Este é mais um fator para eu apoiar o retorno do Jornal do Brasil.
E vou além. O projeto deve se tornar economicamente viável antes das eleições de outubro para termos a certeza de que ele sobreviverá. Mais uma razão para eu assinar o jornal a fim de fortalecer a democracia e combater o monopólio de O Globo.
A matéria no link abaixo (IMPERDÍVEL) faz crer que o relançamento do jornal possa ter um viés político de candidatura ao governo do estado do Rio de Janeiro. Não sei se eu apoiarei o candidato, tampouco sei se ele será candidato. Mas sei que fortalecer o Jornal do Brasil é fortalecer a democracia. Portanto vou assiná-lo e convido você a também fazê-lo.
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