A estratégia de luta para que a proposta do nível superior (NS) avance de forma mais efetiva nas instâncias deliberativas da Administração do Poder Judiciário da União (PJU) e do Ministério Público da União (MPU) foi o ponto central do Encontro Nacional dos Técnicos Judiciários (Encontec). Organizado pelo Coletivo de Técnicos do Judiciário Federal do Rio de Janeiro (Cotec-RJ), do Sisejufe, o fórum de debates ocorreu de 20 e 22 de outubro, na Sede Campestre do sindicato, em Teresópolis.
O evento foi bastante representativo ao contar com a participação de delegações de vários estados como Ceará, Pernambuco, Goiás, Rio Grande do Sul, Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Distrito Federal. Nos três dias de debates foram, entre outros pontos, analisadas as dificuldades para definição de desafios e novas estratégias do NS.
Um dos palestrantes, Vicente de Paulo da Silva Sousa, que é diretor do Sindicato dos Servidores da Justiça Eleitoral de Ceará (Sinje-CE), informou, acerca de como o tema tem avançado nas comissões interdisciplinares de carreira do Supremo Tribunal Federal (STF) e do MPU. O também diretor da Fenajufe, traçou um panorama técnico, jurídico e político a respeito da demanda do NS, explicando os desafios que a categoria terá que enfrentar para implementar a alteração do requisito de escolaridade para ingresso no cargo de técnico judiciário.
Vera Miranda, assessora política do Sisejufe, destacou a necessidade de se adotar estratégias de negociação e de enfrentamento para que as entidades representativas da categoria (sindicatos, federação e associações) obtenham êxito junto à cúpula do PJU e MPU, responsáveis pelo encaminhamento do anteprojeto de lei ao Congresso Nacional para tratar do assunto.
Alexandre Marques, assessor parlamentar do Sisejufe, tratou da conjuntura político-econômica nacional e sua relação com o NS, alertando para o cenário macro político-social e interinstitucional em meio ao contexto de crise.
Soraia Marca, diretora do sindicato, ressaltou que o encontro faz parte de mais uma estratégia da entidade na luta pela implantação da mudança do requisito de escolaridade para o cargo de técnico. “Este movimento está intimamente ligado às demais demandas da categoria e que compõe, também, a agenda de lutas, em um momento no qual se busca a manutenção de direitos”, advertiu dirigente do Sisejufe e membro do Cotec-RJ.