O Sisejufe alerta para as consequências do corte orçamentário da Justiça do Trabalho, que afeta os servidores, terceirizados e estagiários do tribunal.
A política de poucas nomeações e não reposição de servidores para fazer frente à demanda resulta em sobrecarga sobre os demais quadros efetivos do TRT-RJ, que têm metas a cumprir, partes a atender, processos a dar andamento. A solução que o tribunal, como a administração pública em geral, apresenta é a terceirização massiva e a contratação de estagiários de nível médio, supostamente para uma espécie de aprendizado, mas na prática para compensar parcialmente a ausência de servidores especialmente na 1ª instância.
Agora, diante do corte brutal que a Justiça do Trabalho sofreu, a resposta também é insatisfatória e prejudicial aos trabalhadores. Demite-se terceirizados em massa e se corta estagiários pela metade. Deste modo, centenas de trabalhadores, muitos com anos de casa, se tornam subitamente desempregados e estagiários que contavam com a bolsa voltam ao status anterior, sem renda. Consequentemente, os servidores já assoberbados, veem sua carga de trabalho aumentar, gerando estresse, doenças ocupacionais e uma insatisfação generalizada.
Deste modo, o Sisejufe se solidariza com os trabalhadores demitidos e os bolsistas afastados, lamentando que sejam as primeiras vítimas do ajuste fiscal do Judiciário. Por outro lado, reafirma sua luta por mais concursos públicos e a nomeação de servidores para completar o quadro efetivo e assim evitar relações de trabalho precarizadas, sem garantias e com remuneração inferior.