Reunião do Cotec/RJ lota auditório do Sisejufe
Os servidores presentes à reunião do Cotec/RJ (Coletivo de Técnicos Judiciários/RJ) na noite de quinta-feira (15/1), no auditório do Sisejufe, decidiram intensificar a luta para que no ingresso da carreira de técnico seja exigido o nível superior. Atualmente, esses profissionais, que representam cerca de 2/3 da força de trabalho do Judiciário Federal, são de nível médio. No encontro, os diretores do Sisejufe esclareceram dúvidas e reforçaram o compromisso com a bandeira pela valorização dos técnicos.
O diretor Luis Amauri, técnico judiciário do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ), explicou as vantagens que o nível superior traria ao cargo e reforçou a legitimidade da reivindicação. A vice-presidente do Sisejufe, Sônia Rezende, técnica da Zona Eleitoral de Bangu, na Zona Oeste do Rio, ressaltou que a maioria dos técnicos já exerce no dia a dia dos tribunais atividades de maior complexidade, o que decorre do aprimoramento das atividades. O mesmo vem ocorrendo em outros órgãos que também pleiteiam o Nível Superior, como os Técnicos do Banco Central.
Luta pelos direitos
O diretor Edson Mouta, analista judiciário do Tribunal Regional Federal (TRF2), se disse a favor do pleito dos colegas técnicos. “Não é um grupo contra ninguém, é a favor dos direitos dos técnicos. Esse movimento do Cotec/RJ tem grande potencial e o auditório cheio mostra isso, mas é importante convencer o colega ao lado, trazer mais gente para essa luta”, disse.
O diretor Ronaldo das Virgens, técnico do TRF2, elogiou o compromisso dos servidores com a causa e informou que grupos de técnicos têm ido a Brasília para iniciar as articulações políticas e com ministros dos Tribunais Superiores, inclusive com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). “Isso mostra que estamos ganhando força nacionalmente. A expectativa é que em breve o STF encaminhe um Projeto de Lei ao Congresso nacional”, aponta o dirigente sindical.
Poder das mídias sociais
Soraia Marca, diretora do Sisejufe e técnica do TRF2, sugeriu uma mobilização através das mídias sociais. “É importante que o servidor esteja ao nosso lado. Vamos invadir os meios de eletrônicos, mandar emails, mensagens pelos grupos de Whatsapp…convencer da nossa causa. A Internet tem poder”, afirmou Soraia.
O técnico de Informática do TRF2, Bernardo Ciriaco, acredita que deve haver reação de alguns colegas analistas, o que considera natural. “Só estamos lutando pelos nossos direitos”, avalia. Já a servidora Raquel Albano, do TRT-RJ, defendeu a sindicalização como caminho para se atingir objetivos. “Estou sindicalizada há seis meses e estou aqui para lutar pela valorização dos técnicos. Temos que trazer sempre mais alguém. Esse movimento tem que crescer”, destacou.
Data marcada
O grupo já deixou marcada a data do próximo encontro, 18 de fevereiro, com uma meta a cumprir: reunir pelo menos 100 pessoas. Participaram da reunião 41 servidores.