Após a resistência histórica dos servidores em greve do Judiciário Federal do Rio de Janeiro em Brasília, a sessão conjunta do Congresso Nacional que iniciou nessa terça-feira (22) por volta das 20h45, foi encerrada sem a apreciação ao Veto 26, às 2h20 da madrugada do dia seguinte por falta de quorum. Ainda não foi anunciada a nova data para a apreciação da matéria que trata da reposição salarial da categoria.
“O que se viu durante essa terça-feira no Congresso foi um capítulo triste da história do país, quando mais uma vez o governo federal usou de expedientes pouco republicanos”, criticou o presidente do Sisejufe, Valter Nogueira. Segundo o dirigente sindical, a máquina pública foi utilizada para conquistar o apoio dos parlamentares e derrotar a legítima reivindicação dos servidores do Judiciário Federal, que está colocada no PLC28/2015.
Os partidos de oposição entraram em obstrução após o governo conseguir a manutenção de 26 dos 32 vetos presidenciais. Temerosos que o veto ao PLC 28 fosse mantido, a saída foi esvaziar o plenário. A obstrução é o recurso utilizado para evitar a votação de determinada matéria, no caso, os vetos presidenciais destacados. É anunciada pelo líder do partido ou bloco, fazendo com que os parlamentares liderados se retirem. Apenas o líder do partido ou do bloco em obstrução, permanece no local.
A caravana do Rio de Janeiro se dividiu em dois grupos. O chamado “exército do terno” ficou dentro do Congresso, pressionando os parlamentares pelo apoio à reivindicação dos servidores. Já o “exército do apito” ficou do lado de fora, participando do ato nacional junto com servidores de vários estados.
Comando Nacional define próximas atividades de mobilização
Nesta quarta, na sede da Fenajufe, o Comando Nacional de Greve Ampliado está discutindo os desdobramentos da sessão do Congresso Nacional e as atividades da mobilização dos servidores para os próximos dias. Antes, a delegação do Rio esteve reunida no Hotel Nacional.
Com informações da Fenajufe e Portal do Senado
