O diretor-presidente do Sisejufe, Valter Nogueira Alves e uma comissão de servidores participam ainda hoje de reunião com Direção do Foro para tratar do impacto das obras do Porto. Na terça atividades serão paralisadas por uma hora em protesto à falta de segurança
Os servidores do Foro Venezuela da Justiça Federal de 1ª Instância paralisarão suas atividades das 12h às 13h na próxima terça-feira (05/08) em protesto contra as condições de trabalho nos prédios, que têm sofrido abalos devido às obras do Porto Maravilha. A decisão foi tomada em reunião realizada no início da tarde desta quinta-feira (31/07) com a participação de servidores, do diretor-presidente do Sisejufe Valter Nogueira Alves, e dos diretores da entidade, Roberto Ponciano e Mario César Pacheco.
Mais uma vez, a direção do Sisejufe ouviu os relatos de que novas rachaduras estão surgindo nos prédios. Os servidores também se mostraram assustados com os tremores que os edifícios sofrem a cada detonação no subsolo nas imediações do terreno, onde está sendo construído um túnel. No encontro, três representantes dos servidores também foram escolhidos para acompanhar o diretor-presidente do sindicato em uma nova reunião com a Direção do Foro ainda hoje, às 16h30, para tratar sobre a segurança dos servidores, frequentadores dos prédios e demais funcionários.
Assembleia Extraordinária tratou do assunto ontem
Na tarde de ontem foi realizada uma Assembleia Extraordinária de Urgência com a presença de servidores que desceram preocupados com os tremores causados pelas detonações no subsolo. Entre outras decisões, a assembleia deliberou que seja exigido da Prefeitura do Rio que as detonações ocorram apenas em horários noturnos, sem a presença dos servidores e usuários no Fórum da Venezuela.
Denúncias vêm sendo acompanhadas de perto
Na última quinta-feira, 24 de julho, peritos contratados pelo Sisejufe realizaram uma vistoria inicial nos prédios do Foro da Avenida Venezuela para avaliar o impacto das obras do túnel Binário no local. O diretor do sindicato, Roberto Ponciano, acompanhou o trabalho dos peritos Luiz Roberto Sertã e Fernando Bergman, que também ouviram relatos de vários servidores preocupados com o impacto das obras da região em seu local de trabalho.
Além de verificar os danos ocorridos nas três passarelas que ligam os dois prédios, os peritos também verificaram algumas rachaduras em banheiros e em outras dependências dos edifícios. Eles vão elaborar um relatório de vistoria e um parecer preliminar com base no que viram nesta quinta que, assim que estiver pronto, será divulgado pelo sindicato. A princípio não há risco para os funcionários e frequentadores dos prédios, mas só será possível aferir com precisão a amplitude dos impactos das obras por meio de um acompanhamento regular.