Em solidariedade às legítimas reivindicações dos professores da rede municipal de Ensino do Rio de Janeiro, e em repúdio à bárbara e injustificável repressão que os mesmos vêm sofrendo por parte da Polícia Militar, e que atingiu nessa terça-feira, 1º de outubro, seu ponto culminante, os servidores das Justiças Federais no estado do Rio de Janeiro manifestam seu apoio aos grevistas e à sua luta pela Educação pública de qualidade.
A imposição de um Plano de Carreira, que não foi aceito, nem mesmo suficientemente discutido, pela categoria está na contramão de todos os anseios democráticos, de toda a aspiração por participação popular, que emanam das ruas brasileiras desde junho. A aquiescência de uma Câmara de Vereadores cooptada em uma aliança fisiológica e a truculência de uma força policial que aparenta desconhecer que a sua função em Estado democrático é proteger os cidadãos e o indisponível direito à liberdade de expressão aumentam o desalento da sociedade para com a Prefeitura e o Governo Estadual, que se mostram, mais uma vez, insensíveis ao povo, de quem, de fato, o poder, que apenas temporariamente lhes investe, emana.
MOÇÃO DE APOIO
Nós, dirigentes do Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no Estado do Rio de Janeiro (Sisejufe), declaramos apoio aos profissionais de Educação do município do Rio de Janeiro, reprimidos em sua luta por uma Educação pública de qualidade e aviltados pelas autoridades que por eles deveriam zelar e repudiamos as agressões físicas, morais, simbólicas e de toda natureza contra os educadores, conduzidas pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro sob ordens do governador Sérgio Cabral Filho e com a anuência do prefeito Eduardo Paes.
Deixamos aqui registrado, por fim, nosso mais profundo respeito aos educadores e demais trabalhadores em Educação da cidade do Rio de Janeiro. Que a luta pela Educação pública seja de todos!
Rio de Janeiro, 02 de outubro de 2013.
Diretoria do Sisejufe
