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Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no estado do Rio de Janeiro - Telefone: (21) 2215-2443

Sisejufe participa do 8º Encontro Nacional de Juízas e Juízes Negras e Negros na sede do SJT

Evento aconteceu em conjunto com o 5º Fonajurd, no dia 9 de dezembro, em Brasília

A coordenadora do Departamento de Combate ao Racismo do Sisejufe, Patrícia Fernanda, e demais participantes do Enajun (Fotos: Max Rocha/STJ)

O Sisejufe participou do 8º Encontro Nacional de Juízas e Juízes Negras e Negros, em conjunto com o 5º Fórum Nacional de Juízas e Juízes contra o Racismo e Todas as Formas de Discriminação (Fonajurd), que, em 2025, aconteceram na sede do Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, à convite do presidente da corte, o ministro Herman Benjamin, que abriu os eventos, ressaltando a relevância da pauta antirracista para a justiça.. O Enajun aconteceu no último dia 9/12 e o sindicato foi representado pela diretora e coordenadora do Departamento de Combate ao Racismo, Patrícia Fernanda dos Santos, e a servidora Rosana Mattos, que é representante de base do Sisejufe e integra o Subcomitê de Equidade Racial do TRT 1.

O Enajun acontece há 9 anos, reunindo magistrados, juristas e acadêmicos para tratar do combate ao racismo no Judiciário. Este ano, o evento teve, logo após sua abertura, o lançamento de uma Rede de Coletivos das instituições jurídicas do país, e dentre os grupos que assinaram a Carta de Compromisso, está o Coletivo Negro do Rio de Janeiro.

Tema central e público presente

Com o tema “Vivências Negras: Justiça, Identidade e Pertencimento no Sistema de Justiça”, a programação se estendeu das 8h30 às 17h, no auditório externo do STJ. A abertura contou com a participação de ministros de tribunais superiores, entre eles o presidente do STJ, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de membros do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).

Representantes de tribunais de todo o país, incluindo magistrados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Alagoas, marcaram presença, reforçando a diversidade de experiências e trajetórias no meio jurídico.


A coordenadora do Departamento de Combate ao Racismo do Sisejufe, Patrícia Fernanda, no Enajun (Fotos: Max Rocha/STJ)

Painéis temáticos e debates

O encontro foi estruturado em quatro painéis temáticos, cada um abordando aspectos distintos da vivência da população negra no contexto jurídico e social:

  • Infâncias Negras e Plurais: afetos, territórios e saberes

  • Saúde Física e Mental da População Negra: (des)proteções, cuidado e resistência

  • Racismo Ambiental, Memória e Fé

  • Envelhecer Sendo Negra e Negro: sabedoria, invisibilização e o direito de existir

Esses debates trouxeram reflexões profundas sobre desafios ainda enfrentados pelas pessoas negras, tanto dentro quanto fora das carreiras jurídicas, e buscaram apontar caminhos para a promoção de equidade e inclusão.

Lançamentos, iniciativas e homenagens

Durante o evento, foi realizado o lançamento da Rede Nacional de Coletivos Negros das Carreiras Jurídicas, iniciativa voltada à articulação e fortalecimento de magistrados negros no Judiciário brasileiro. Também foram apresentados os resultados do Mutirão de Julgamento e Impulsionamento de Processos com Ênfase na Temática Racial, uma ação do CNJ para acelerar decisões envolvendo questões raciais. Superior Tribunal de Justiça

Uma das homenagens mais marcantes foi à memória do juiz Edinaldo César Santos Júnior, reconhecido por sua contribuição ao debate sobre equidade racial no Judiciário após seu falecimento em junho deste ano.

“Eu acompanho o Enajun nas redes desde a sua criação, e essa é a terceira edição que participo (a segunda vez na modalidade presencial). Esse grupo de juízes tem feito história na luta antirracista do judiciário, e é uma honra ter a oportunidade de estar representando o Coletivo Negro da Justiça do RJ quando mais um momento histórico acontece no Encontro Nacional de Juízas e Juízes Negros, que foi o lançamento da nossa Rede de Coletivos.

A união de pessoas pretas de diversas origens e cargos já está produzindo potente renovação de cada um de nós e juntos seguimos atuantes por um judiciário cada vez mais diverso, inclusivo e digno”, diz a dirigente Patrícia Fernanda, que conclui: “O Sisejufe está, sempre que possível, presente e ativo no enfrentamento às opressões e desigualdades que ainda precisam ser combatidas por todos e todas. Quero agradecer ao sindicato pelo apoio a essa causa que é de todos os trabalhadores e de toda a sociedade”. 

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