Foi um momento de celebração para os servidores do Judiciário Federal do Rio de Janeiro a posse solene da nova gestão do Sisejufe
Por Cristiane Vianna Amaral*
Foi um momento de celebração para os servidores do Judiciário Federal do Rio de Janeiro a posse solene da nova gestão do Sisejufe. Os novos dirigentes que estarão à frente do Sisejufe nos próximos três anos foram empossados na noite de sexta-feira, 15/9, na Associação dos Empregados do Comércio, Centro do Rio de Janeiro. Representando a Comissão Eleitoral, Edson Mouta também deu posse aos representantes de base e Conselho Fiscal. No momento em que Edson desejou êxito a todos, apesar do momento difícil que o Brasil atravessa, a resposta da nova diretoria foi imediata: um Fora Temer retumbou pelo salão.
Representando a Fenajufe, o presidente do Sindiquinze, José Aristéia, prestigiou a nova gestão do Sisejufe. O dirigente nacional da categoria comentou o cenário político adverso e a conjuntura que se impôs após o golpe, destacando o retrocesso com a retirada de direitos trabalhistas e a luta dos servidores contra a reforma da Previdência, as Terceirizações e o projeto de lei que pretende instituir a demissão para servidores por “mau desempenho”.
Amarildo Vieira, assessor especial da Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a reeleição da chapa “Mais Sisejufe” demonstra que a categoria reconheceu o empenho do sindicato fluminense na defesa dos servidores, em especial, no último PCS. “Muito do que conseguimos em Brasília devemos ao Sisejufe. Era o melhor plano possível naquele momento”, ressaltou Amarildo, que também é servidor do Judiciário Federal.
O assessor especial do STF alertou que a categoria já deve começar a construir alternativas para o futuro, pois o cenário econômico estará muito pior, em sua avaliação. “Sem criatividade e união, não vamos conseguir nada.”
Desembargador André Fontes: “Minha presença aqui representa o meu reconhecimento à importância do sindicato.”
Presidente do TRF2 destaca compromisso com o diálogo
André Fontes, desembargador presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), destacou sua trajetória como advogado do sindicato da Marinha Mercante e sua filiação ao Sisejufe desde seu ingresso no Tribunal. Relembrou que seu primeiro ato à frente do TRF2 foi convidar a representação da categoria ao diálogo. “Minha presença aqui representa o meu reconhecimento à importância do sindicato.” André Fontes elogiou a atuação diária do presidente do Sisejufe, Valter Nogueira Alves, em defesa dos servidores mantendo “uma resistência delicada, mas firme e respeitada”. Fontes ressaltou ainda seu intuito de “trabalhar junto pelo sucesso da Justiça do Brasil e da nossa força de trabalho”.
Valter Nogueira: temos que “enfrentar esses tempos tenebrosos com muita luta até que nossos direitos e conquistas estejam salvos”
Para enfrentar “tempos tenebrosos”
Valter Nogueira, presidente reeleito do Sisejufe, agradeceu a todos os presentes, em especial aos colegas de diretoria que se colocaram à disposição para que “consigamos enfrentar esses tempos tenebrosos, com muita luta até que nossos direitos e conquistas estejam salvos”. Valter reafirmou seu compromisso com os interesses do funcionalismo, em defesa do serviço público, da Educação, da Justiça e da Saúde. E fez uma consideração especial aos novos diretores: “a categoria espera muito de nós”. O dirigente do Sisejufe agradeceu a disposição do presidente do TRF2 ao diálogo, e que isso sirva de exemplo para a administração do TRT com quem o sindicato e a categoria vêm encontrando dificuldades no diálogo.
Homenagens póstumas
Logo após a posse, foi feita uma homenagem a Sonia Rezende e Eliana Campos, diretoras do sindicato que faleceram durante a gestão anterior. Coube à diretora Mariana Liria falar sobre a trajetória da diretora Eliana, “um exemplo de vida”, companheira de atos e caravanas.
Mariana Liria e Vera Miranda homenageiam Sonia Rezende e Eliana Campos, diretoras do sindicato que faleceram durante a gestão anterior
Servidora do TRE/RJ, Sonia foi vice-presidente do Sisejufe. A assessora política do sindicato, Vera Miranda, lembrou a maneira gentil, mas perseverante da integrante da diretoria. “Ela ia aonde o coletivo estava. Infelizmente, não viu nossa vitória do PCS, nem do reconhecimento da luta dos chefes de cartório.”
