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Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no estado do Rio de Janeiro - Telefone: (21) 2215-2443

Especialista fala sobre fatores de risco e prevenção ao câncer de mama

A enfermeira e especialista em enfermagem do trabalho Thais Vieira fala aos servidores sobre prevenção, como parte da campanha Outubro Rosa e Novembro Azul, lançada pelo Sindicato

Um levantamento inédito do Instituto Nacional de Câncer (Inca), com pacientes do Instituto, revelou que as próprias mulheres estão identificando, na maior parte dos casos, os sinais e sintomas do câncer de mama. Com esse cuidado, conseguem detectar a doença em seu estágio inicial e intermediário, quando as chances de sobrevida são maiores. Os dados da pesquisa foram divulgados no último dia 6 de outubro, durante o lançamento da campanha Outubro Rosa.

De acordo com a pesquisa, a doença foi percebida pela primeira vez pelas próprias pacientes, em 66,2% dos casos. O autoexame é o grande responsável pelo diagnóstico precoce. O percentual de mulheres que identificou a doença por meio da mamografia ou de outro exame de imagem foi de 30,1%, enquanto em apenas 3,7% dos casos a suspeita inicial foi de um profissional de saúde. Ou seja, em dois terços do total, a própria mulher percebeu alterações na mama como possível sinal de um câncer de mama.

A prevenção e a prática do autoexame são hoje estimuladas todos os anos em campanhas como o Outubro Rosa. O Sisejufe está participando desse movimento e lançou o Outubro Rosa e Novembro Azul: DAP promove atividade de conscientização. A atividade acontecerá na reunião do Departamento dos Aposentados (DAP), na próxima terça-feira, 25 de outubro, a partir das 15h, no auditório do Sindicato.

Como parte da atividade, convidamos a enfermeira e técnica em enfermagem do trabalho Thais Vieira que conversará com os presentes sobre o autoexame, fatores de risco e as formas de prevenção da doença. A atividade é aberta a todos os servidores. Além do câncer de mama, a especialista vai abordar também o câncer do colo de útero, de próstata, peniano e também o de mama em homens.A redação do Sisejufe realizou uma breve entrevista com Thais, adiantando um pouquinho das informações, dados e formas de prevenção que serão apresentados durante o evento.

Sisejufe – Quais os principais fatores de risco para a mulher em relação ao câncer de mama?

Thais Vieira – O câncer de mama é um crescimento desordenado de células, assim como os demais tipos de tumores. São fatores de risco o fumo, o consumo de álcool, mulheres que não amamentaram. Tiveram filhos, nas não quiseram amamentar ou ainda não tiveram filhos. O uso de anticoncepcional continuamente por muito tempo também é um fator de risco.

Sisejufe – Com relação ao uso do anticoncepcional, há um período máximo a partir do qual já existe o risco, ou uma idade mínima ou máxima para o uso?

Thais Vieira – Tem a idade. O mais comum é que mulher comece a realizar os exames periodicamente, é a partir dos 40 anos, mas o ideal que o autoexame seja feito ainda jovem, a partir dos 25. O anticoncepcional entra como fator de risco por conta das alterações hormonais que acontecem ao longo das fases da vida da mulher, especialmente após os 40 anos.

Sisejufe – Quais seriam os hormônios alterados nesse período?

Thais Vieira – O estrogênio e a progesterona. O anticoncepcional usado por um período longo atuaria na alteração desses hormônios. A mulher quando está entrando na menopausa, com seus hormônios em processo de alteração, pode sofrer os efeitos do uso prolongado do anticoncepcional nos anos anteriores ou mesmo nesse período. O ideal é sempre o acompanhamento médico.

Sisejufe – Haveria alguma faixa etária em que o anticoncepcional não seria um fator de risco, antes dos 40, por exemplo?

Thais Vieira – Não. A questão é apenas não fazer um uso prolongado, bem prolongado mesmo, por mais de dez anos contínuos, por exemplo. A maior incidência do tumor de mama é a partir dos 40 anos, sendo bem raro na faixa anterior aos 35.

Outra observação importante é que a mulher deve levar em conta casos desse tipo de câncer na família, em antecessores mais diretos, como mãe, irmã ou filha. Quem tem esse fator de risco, que é congênito, tem que se preocupar um pouco antes, fazendo exames antes mesmo dos 35 anos.

Sisejufe – Com relação ao risco familiar, a atenção é apenas com as primeiras gerações, antecessoras ou descendentes?

Thais Vieira – Sim, apenas mãe, irmã ou filha. Casos de câncer em avós, tias ou gerações antecedentes não são considerados pelos médicos algo para ser investigado com a mesma atenção, apenas as parentes bem próximas.

Sisejufe – Como está a frequência da procura das mulheres por atendimento para prevenção ao câncer de mama?

Thais Vieira – A última atualização dos dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer) aponta mais de 5 mil casos sendo tratados atualmente, no estado do Rio. São dados de janeiro deste ano. Mas é o câncer que mais mata no Brasil. Os números chegam a quase 60 mil em todo o País. Como demonstra o próprio Instituto, o índice de mulheres que procuram o atendimento médico após realizarem o autoexame e identificarem os diagnósticos precoces da doença tem crescido bastante.

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