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Trabalhadores do Comperj ocupam prédio do TRT1 durante seis horas

Trabalhadores do Comperj ocupam prédio do TRT1 durante seis horas, SISEJUFE

Durante seis horas o prédio do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT1) foi ocupado por trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), na segunda-feira, dia 9 de março.

Os operários participaram de uma reunião com o ministro do Trabalho, Manoel Dias e representantes da Petrobras e da empresa Alumini Engenharia (terceirizada da  estatal brasileira), com a qual têm o vínculo empregatício e que está em recuperação judicial. O encontro terminou sem acordo para o pagamento dos quatro meses de salários e direitos trabalhistas atrasados. O grupo decidiu, então, permanecer no prédio, bloqueando todas as entradas. Houve correria e tensão entre operários e seguranças quando um rojão foi lançado por manifestantes dentro do prédio.

Agentes da Polícia Federal negociaram a desocupação. Grávidas e idosos foram os primeiros a ser liberados. As mulheres conseguiram sair às 19h. Os homens só deixaram o prédio após 21h.

A servidora Ana Margarida Pereira Pinto, uma das que não puderam sair, se disse solidária com as reivindicações dos trabalhadores do Comperj. “Passamos num corredor estreito formado por homens e mulheres trabalhadores que nos pediam desculpas e diziam que se não fosse assim não conseguiriam nada. A consternação do lado de fora era geral entre os motoristas e seguranças do Tribunal. Sinto profunda tristeza por ver que ainda precisamos lutar para receber o salário devido pelo serviço prestado”, constatou a servidora do Judiciário Federal no Rio de Janeiro.

Manifestantes na expectativa de acordo
Uma força-tarefa composta de procuradores do Trabalho e advogados definiu os termos de uma ação judicial com pedido de liminar a ser proposta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em favor dos operários do Comperj.

Segundo esse acordo, os contratos de trabalho serão rescindidos com data retroativa de 27 de fevereiro, dia anterior à mudança das regras do seguro-desemprego. Com isso, até a próxima sexta-feira os trabalhadores já devem conseguir sacar o FGTS e a primeira parcela do seguro-desemprego.

Trabalhadores do Comperj ocupam prédio do TRT1 durante seis horas, SISEJUFE

Operários participaram de uma reunião com o ministro do Trabalho, Manoel Dias e representantes da Petrobras e da empresa Alumini Engenharia

 

O MPT também garantiu aos trabalhadores que a ação vai exigir a responsabilização da Petrobras e da Alumini Engenharia no pagamento de indenizações e a quitação dos salários atrasados. Os trabalhadores concordaram em aguardar até esta terça-feira (10/3), por uma decisão da Petrobras sobre o reconhecimento de créditos a serem pagos pela estatal à Alumini Engenharia.

A Alumini Engenharia, ex-Alusa, move ações contra a estatal para cobrar mais de R$ 1,2 bilhão por serviços prestados. A empresa alega que a petrolífera já reconheceu débito de R$ 14 milhões, valor que o MPT propõe que seja usado para quitar parte dos salários atrasados.

Da Redação, com informações do G1 e Agencia Brasil

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