Orientação e Estratégia da FENAJUFE, em termos nacionais, e do SISEJUFE, no Rio de Janeiro, levam à aprovação do PCS.
PCS aprovado na CFT – Vitória da greve, do piquete, da mobilização.
Orientação e estratégia da FENAJUFE, em termos nacionais, e do SISEJUFE, no Rio de Janeiro, levam à aprovação do PCS na Comissão.
Foi uma luta, uma verdadeira batalha, na qual, por conta da garra, da determinação e de uma estratégia de negociação inteligente e equilibrada, a categoria do Judiciário, capitaneada pela FENAJUFE e seus sindicatos, o SISEJUFE aqui no Rio, saiu vitoriosa.
Pouca gente sabe, mas o PCS correu riscos e sérios. Enquanto a categoria fazia greve em todo o Brasil para garantir a força de negociação de nossos articuladores, nos bastidores trava-se uma verdadeira batalha pela aprovação do PCS.
A FENAJUFE reuniu-se na véspera com a Presidente do STF, Ministra Ellen Gracie, e teve dela o apoio para se manter na luta pelo projeto, inclusive com a promessa de abono dos dias parados, mais o detalhamento de que o governo havia disponibilizado 500 milhões (informação não oficial e não confirmada pelo Executivo) para a implementação imediata do projeto. O Executivo havia pedido ao Judiciário que o restante do projeto fosse bancado pela verba do Judiciário deste ano, o que não foi aceito pela Ministra.
Na reunião com o Executivo, com os representantes da casa civil, o Governo endureceu a negociação e pediu o adiamento da votação, ameaçando, inclusive, tirar de pauta o projeto, para que, em 10 dias, fosse apresentada uma proposta. A Federação não aceitou a proposta e manteve a disposição de lutar no dia seguinte para a aprovação do projeto.
Na chegada ao Congresso os diretores da Federação encontraram o relator, Deputado Geddel Vieira Lima, que relatou que havia um pedido do governo para retirada de pauta do projeto e, de outro lado, um telefonema da Ministra Ellen Gracie para a manutenção do projeto na pauta. A estratégia da categoria então foi bancar a votação na CFT, até para que os canais de negociação com o Executivo, para a implementação do restante da verba, fossem abertos.
A estratégia mostrou-se vencedora, devido a força da categoria, que em todo o Brasil estava em greve (no Rio estavam paradas as Justiças Federais da Avenida Venezuela e da Avenida Rio Branco, e havia mobilização no TRF e TRE), dando aval para que os Deputados se sentissem impelidos a votar favoravelmente o projeto, que foi o que aconteceu.
Com isto o canal de negociação foi ampliado e no dia 17/05, no mesmo dia da votação na CFT, houve um encontro com o Vice-Presidente da República, José Alencar, que colocou-se a disposição para facilitar uma rápida negociação da verba que falta para implementação imediata do projeto.
Esta reunião demonstra a força e o prestígio de nosso movimento e indica que agora a Federação tem condições de negociar diretamente o projeto.
Diante do quadro o Comando Nacional de Greve decidiu suspender temporariamente a greve, esperando o prazo de 10 dias dado pelo governo para a elaboração de uma proposta de implementação.
Se dentro deste prazo o governo não apresentar uma proposta satisfatória a categoria voltará à greve. Permanecemos todavia mobilizados e em estado de Greve para a qualquer momento voltarmos a carga pela aprovação de nosso projeto.
PCS, só com luta! Até a vitória final!
Veja o quadro de mobilização para a semana que vem:
Assembléia Unificada na JF Rio Branco, com tirada de delegados para a reunião ampliada, dia 25, quinta-feira, às 12h.
